Reabertura do Centro de Arte de Nova Friburgo vai ficar para o ano que vem

Um dos espaços culturais mais importantes de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, permanece fechado desde as chuvas que atingiram a cidade em janeiro de 2011. Trata-se do Centro de Arte, localizado na praça Getúlio Vargas, no Centro.

As tentativas de recuperar e reabrir o local – que sofreu muitos danos devido à enchente, porque fica em um porão e, portanto, abaixo do nível da rua – são antigas, mas todas sem sucesso até o momento.

Agora, um novo projeto deve, enfim, tirar a reforma do papel e permitir a reabertura do espaço até o ano que vem, promete Luiz Fernando Folly, presidente da Fundação Dom João VI.

“O valor da obra já está na conta da Fundação, em torno de R$ 600 mil. Tudo correndo bem, a nossa previsão é que no ano que vem a gente já esteja com a reforma concluída, possibilitando a reabertura do espaço”, afirma.

Centro de Arte fica no porão do prédio da Fundação Dom João VI | Foto: Reprodução/Portal Multiplix

O casarão antigo que abriga o Centro de Arte foi, originalmente, residência do Barão de Nova Friburgo, Antônio Clemente Pinto, durante o século 19, e, posteriormente, já foi sede da Câmara Municipal e da prefeitura.

Porém, quando a Fundação Dom João VI passou a ser dona do prédio, em 2013, identificou uma série de pendências documentais e problemas na titularidade do imóvel. Para resolver tudo foram necessários mais de três anos, de acordo com Luiz Fernando Folly.

De lá para cá, foram dezenas de idas e vindas para permitir que um projeto de recuperação e de reabertura do Centro de Arte estivesse adequado e fosse devidamente liberado pelos órgãos competentes.

Na gestão passada da prefeitura, uma empresa chegou a vencer uma licitação para iniciar a reforma, mas, após mudanças no valor do orçamento para a intervenção, acabou desistindo. O distrato do contrato foi concluído este ano.

O Teatro Bebete Castillo terá a capacidade reduzida para 73 lugares | Foto: Reprodução/Redes Sociais

Recentemente, houve dificuldades também com as liberações junto aos bombeiros, especialmente em relação ao Teatro Bebete Castillo, que fica dentro do Centro de Arte, e que, inicialmente, teve a capacidade reduzida de 100 para 46 lugares.

“A classe artística, com razão, colocou suas ponderações, pois não tornava viável economicamente a exploração do teatro. Por fim, a gente conseguiu sanar a questão de quantidade”, diz.

Agora, serão pelo menos 73 lugares com o aval do Corpo de Bombeiros.

“Estamos resolvendo uma última questão com o Corpo de Bombeiros. Sanado isso, teremos a reforma do Teatro Bebete Castillo e a revisão das partes elétrica e hidráulica, obras de acessibilidade, rota de fuga que o espaço precisa etc.”, explica.

Exposição na galeria principal do Centro de Arte de Nova Friburgo | Foto: Reprodução/Redes Sociais

Ainda de acordo com Luiz Fernando Folly, quando o Centro de Arte for reaberto, a Secretaria de Cultura vai emitir todo ano um edital para compor a programação do teatro e das galerias de exposição.

“Todo friburguense teve sua passagem pelo Centro de Arte para assistir a uma peça ou ver uma exposição. E o mais breve possível, a gente vai retomar isso, e voltar a ter no centro da cidade esse importante espaço cultural”, conclui.

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