Projeto Anas, em Nova Friburgo, atua na conscientização sobre a doação de medula óssea
Iniciativa cadastra voluntários e promoverá mutirão no início de dezembro
Nos dias 6 e 7 de dezembro, o Redome (Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea) estará em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, a convite do Projeto Anas e do Projeto Missão Medula para realizar o cadastramento de novos voluntários para a doação de medula.
A ação, que não acontece no município há 13 anos, busca captar centenas de doadores. O Projeto Anas realiza esse tipo de cadastro de dois em dois meses, quando leva voluntários em um ônibus gratuito até o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca).
Antes do mutirão, será feito um encontro neste sábado, 23, na praça Demerval Barbosa Moreira, no centro da cidade, para conscientizar a população sobre a causa. Panfletos serão distribuídos e informações sobre como funciona a doação de medula óssea estarão disponíveis para os participantes.
Criado em 2022, o projeto surgiu da parceria entre as amigas Ana Paula Ramos, que recebeu doação de medula, e Luciana Pontes, que perdeu a filha Ana Júlia vítima de leucemia em 2021. Desde então, o projeto tem trabalhado para conscientizar e engajar a população na doação de medula óssea.
"Eu falo que foi uma sementinha que brotou no coração da Luciana e ela me convidou para estarmos juntas nesse projeto. Eu sou uma transplantada, tenho 26 anos de transplante. Através da minha história, junto da Luciana, quero ajudar mais pessoas a terem esse sucesso", ressaltou Ana Paula.
Para Luciana, o momento difícil que viveu ao lado da filha foi fundamental para despertar o desejo de trabalhar pela causa:
No hospital eu tive esse sonho, esse desejo de começar uma campanha de conscientização. A Ana Júlia sempre foi uma menina muito especial e a gente entendeu que foi um propósito e está cumprindo. Por isso, decidimos transformar a nossa dor em amor ao próximo.
As fundadoras do Projeto Anas compartilharam suas histórias e experiências em entrevista à TV Multiplix. Assista às entrevistas:
A medula óssea é composta por células-tronco responsáveis pela produção de sangue, que se regeneram e podem ser doadas repetidamente, sem causar qualquer dano ao doador.
Essas células, ao serem transplantadas para o organismo do paciente, podem levar à cura de mais de 80 doenças, incluindo casos graves, como leucemias.
De acordo com o Redome, para se tornar um doador voluntário de medula óssea é necessário realizar o cadastro e coletar uma amostra de sangue (10 ml) para o exame de tipagem HLA. Além disso, é preciso atender aos seguintes requisitos:
Ter entre 18 e 35 anos de idade (o doador permanece no cadastro até 60 anos e pode realizar a doação até essa idade)
Um documento de identificação oficial com foto
Estar em bom estado geral de saúde
Não ter nenhuma doença impeditiva para cadastro e doação de medula óssea.
Conforme explicou o Projeto Anas, a faixa etária permitida para doação foi determinada porque quanto mais nova a pessoa for, mais chances a medula tem de funcionar no paciente. Além disso, muitas pessoas chegavam para se cadastrar já em uma idade avançada e, por isso, ficavam muito pouco tempo no banco de dados.
O mutirão acontecerá nos dias 6 e 7 de dezembro, no estacionamento da Igreja Ceifa, na rua Sara Braune, nº 83, a cinco minutos do centro da cidade.
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