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Campanha 'Agosto Branco': tabagismo é responsável por 90% das mortes causadas por câncer de pulmão no Brasil

"Maiores desafios para o tratamento estão relacionados ao uso dos dispositivos eletrônicos", diz representante do Inca

Por Erika Amaral
Com informações do Inca
13/08/24 - 16:46
Campanha 'Agosto Branco': tabagismo é responsável por 90% das mortes causadas por câncer de pulmão no Brasil 'Agosto Branco' alerta para a importância da prevenção do câncer de pulmão | Foto: Banco de Imagem

O 'Agosto Branco' é uma campanha de conscientização de saúde que ocorre todos os anos durante este mês. A iniciativa é promovida há sete anos com o objetivo de alertar sobre a importância da prevenção do tipo da doença mais letal no mundo, o câncer de pulmão.

Ainda neste mês, o dia 29 marca o Dia Nacional de Combate ao Fumo.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca) o tabagismo é responsável por 90% das mortes causadas por câncer de pulmão no Brasil e também tem relação com vários tipos da doença.

Um estudo mais recente, publicado em 2019, 'Mortalidade atribuível ao tabagismo por sexo nas 27 unidades federativas brasileiras' apontou que um total de 2.136 indivíduos vieram a óbito por câncer de traqueia, brônquio e pulmão naquele ano em decorrência do uso de produtos derivados do tabaco no estado do Rio de Janeiro.

Além disso, a estimativa do Inca para o estado no triênio 2023/2025 (com números que se repetem em cada um desses anos) apontam 3 mil novos casos de câncer de traqueia, brônquio e pulmão decorrentes não só de tabagismo, mas também de outras causas.

O Portal Multiplix conversou com o coordenador de assistência do Inca, Gélcio Mendes, sobre os avanços e desafios que a instituição encontra no tratamento de cânceres causados pelo tabagismo, e de que maneira a campanha 'Agosto Branco' ajuda a enfrentar esse problema.

Para o representante do instituto, "os maiores desafios estão relacionados ao uso dos dispositivos eletrônicos para fumar. Um avanço foi a questão da resolução da Anvisa proibindo a comercialização desses dispositivos, mesmo sabendo que é comum as pessoas conseguirem adquiri-los", pontuou.

Desde 2009, a comercialização, importação e propaganda de todos os tipos de dispositivos eletrônicos, também conhecidos por DEF (vaper, pod, e-cigarette, e-ciggy, e-pipe, e-cigar, heat not burn (tabaco aquecido) são proibidas no Brasil.

Cigarros eletrônicos: não diminuem a iniciação ao tabagismo e são tão ou mais tóxicos para o pulmão do que o cigarro convencionalCigarros eletrônicos: não diminuem a iniciação ao tabagismo e são tão ou mais tóxicos para o pulmão do que o cigarro convencional | Foto: Banco de Imagem

Já em abril deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) revisou a regulamentação desses produtos no país. O órgão manteve a norma que proíbe todas as formas de fabricação, importação, comercialização, distribuição, armazenamento, transporte e propaganda dos dispositivos eletrônicos para fumar. Com isso, qualquer modalidade de importação ficou proibida, inclusive para uso próprio.

Gélcio Mendes falou sobre a falsa ideia que o consumo desses dispositivos pode trazer:

Precisamos trazer informação de alta qualidade para a sociedade sobre os seus riscos, que diferente daquilo que é propagado, não diminuem a iniciação ao tabagismo. Na verdade, eles aumentam este índice, e, por si só, são tão ou mais tóxicos para o pulmão do que o cigarro convencional.

Mendes também ressaltou o avanço da ciência e a contramão do tratamento contra a doença pelo SUS:

Outro ponto crítico é que a área de câncer de pulmão tem grande incorporação tecnológica. Então, isto significa que temos novos medicamentos para o tratamento deste tipo de câncer, e com custos cada vez mais elevados. Enquanto o desenvolvimento de novos medicamentos é um avanço, por outro lado, a incorporação dentro do Sistema Único de Saúde não caminha na mesma velocidade.

Atuação do poder público em Friburgo

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, para conhecer as ações do Programa Municipal de Controle do Tabagismo.

A Secretaria Municipal de Saúde informou que o tratamento oferecido pelo SUS inclui avaliação clínica, abordagem individual ou em grupo e, se necessário, terapia medicamentosa.

O programa também atua na prevenção à iniciação ao tabagismo nas escolas, tratamento do tabagismo nas unidades de saúde e ambientes livres de fumo através de educação em saúde com a Vigilância Sanitária.

Em relação ao tipo de suporte que a secretaria oferece às pessoas diagnosticadas com câncer de pulmão, a assessoria da pasta informou que a referência ao tratamento oncológico é um serviço oferecido pelo governo do estado, através da Pactuação Regional Estadual. É um serviço de alta complexidade, de acordo com as especialidades necessárias, e o suporte é ofertado por meio desta pactuação.

A reportagem também quis saber quantos pacientes são atendidos na cidade pelo programa municipal, e se houve aumento no registro de pessoas diagnosticadas com a doença neste ano em relação ao ano passado, mas ainda não recebeu as informações.

Saiba onde buscar tratamento nas unidades de saúde da cidade

  • Unidades Básicas de Saúde (UBS): Ariosto Bento de Melo (Cordoeira) e Dr. Tunney Kassuga (Olaria).

  • Estratégias de Saúde (ESF): Campo do Coelho, Centenário, Conquista, Cordoeira, Lumiar, Mury, Olaria I e II, Nova Suíça, Rio Bonito, Riograndina, São Lourenço, Stucky, Terra Nova e Vargem Alta.

  • Unopar: Avenida Julius Arp, nº 80, Centro.

  • Caps III: Rua Padre Roberto Saboia de Medeiros, nº 24, Paissandu.

  • Residência terapêutica: Rua Espírito Santo, n° 9, Bela Vista.

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