Homenagens marcam o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto
Estima-se que 6 milhões de judeus tenham sido assassinados pelos nazistas
Já se passaram 76 anos da libertação das vítimas dos nazistas, na Segunda Guerra Mundial
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Foto: Reprodução/Redes Sociais
Uma homenagem à milhões de pessoas que foram torturadas e assassinadas nos campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), conflito militar global que resultou na morte de 60 a 70 milhões de pessoas. O Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto é lembrado nesta quarta-feira, 27.
Pessoas que tinham alguma deficiência mental ou física, ciganos, homossexuais, negros e, também, em sua maioria, os judeus, eram considerados inferiores pelos alemães nazistas e foram perseguidos em todos os países ocupados pelos seguidores de Adolf Hitler, líder do partido nazista.
Estima-se que 6 milhões de judeus tenham sido assassinados pelos nazistas, representando dois terços da população judaica que residia na Europa.
A injustiça e a intolerância da época, violando a dignidade das pessoas, vão ser lembradas para sempre.
“Depois do genocídio voltado a um povo, aprendemos que temos que, a cada geração, relembrar, estudar e cuidar para que esse terror nunca mais aconteça”, destacou Fany Kliger Zissu.
A empresária de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, tem o nome da avó que nunca pode conhecer, Fany. Já Kliger é o sobrenome do pai. “Zissu é o sobrenome da família do meu marido que também fugiu da Romênia com suas dores e traumas. Todos nós temos (histórias). A diferença é que eu conheço as minhas origens e replico sempre que sou solicitada”, acrescentou durante a entrevista.
Os familiares de Fany viveram a Segunda Guerra Mundial. Seus avós maternos, que moravam na Polônia, conseguiram escapar. Já seu pai, perdeu toda a família. A história da família de Fany coincide com algumas famílias que conseguiram escapar dos nazistas. A maioria não conseguiu.
“Meus avós maternos escaparam da Polônia antes da ascensão do líder nazista ao poder. Já por parte da família paterna, meu pai que vivia na Romênia, perdeu toda a família. Um dia ele voltou da escola e não havia mais ninguém. Pais, irmãos, tios e primos. Aos 16 anos ficou sozinho no mundo. Fugiu para a fronteira russa, pois sabia que esses lutavam contra o exército nazista. Ainda com 16, se alistou no exército russo. Longa história até desembarcar no Porto de Santos no Brasil sozinho, sem ninguém, sem falar a língua, sem dinheiro etc”, lembrou.
Solenidade virtual
A Confederação Israelita do Brasil (Conib), com o apoio institucional da Embaixada de Israel no Brasil e do Consulado Geral de Israel em São Paulo, vai realizar um evento em Memória das Vítimas do Holocausto, com o tema “Iluminando a realidade com solidariedade e resiliência”.
De acordo com a assessoria de comunicação da Conib, o evento, 100% online, é aberto e gratuito. Será transmitido pelo Facebook e pelo YouTube.
Na solenidade, sobreviventes do Holocausto darão depoimentos inéditos. Além disso, estão confirmados:
- Caçador de nazistas do Simon Wiesenthal Center - Efraim Zuroff
- Diretor fundador do Instituto de Estudos do Holocausto em Washington - Rafael Medoff
- Diretora da Daia (Delegación de Asociaciones Israelitas Argentinas) - Marisa Braylan
- Ator - Dan Stulbach
- Jornalista - Ricardo Lessa
Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto
O dia foi uma iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU), na Assembleia Geral, pela resolução 60/7, de 1º de dezembro de 2005.
No dia 27 de janeiro de 1945 aconteceu a libertação dos prisioneiros do campo de concentração de Auschwitz, na Polônia, o maior símbolo do Holocausto.
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