'Embrião da narcomilícia': polícia prende suspeitos de impedirem prestação de serviço essencial em área central de Friburgo

Uma operação conduzida por agentes da Polícia Civil da 151ª DP e do 11º Batalhão da Polícia Militar (BPM) prendeu em flagrante dois homens, apontados como gerentes do tráfico de drogas, acusados de coibir a prestação de serviço essencial no bairro Cordoeira, em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio.

A ação ocorreu após denúncia de quatro funcionários de uma empresa de telecomunicações, na manhã dessa terça-feira, 26.

Segundo a polícia, as vítimas foram abordadas de forma "hostil e ameaçadora" por um grupo de traficantes armados, na última segunda-feira, 25, enquanto prestavam serviços de retirada de cabos telefônicos na rua General Argolo.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, na ocasião, os funcionários também tiveram o material de trabalho roubado e foram coagidos a pagar uma taxa para trabalhar no local:

Disseram que, para que eles fossem embora sãos e salvos, teriam de deixar os cabos retirados naquele local. Por fim, afirmaram que, naquela região, para que continuassem a realizar o que estavam fazendo, teriam de dividir os lucros com eles., explica o informativo.

Após a identificação dos suspeitos pelas vítimas, duas pessoas foram presas por associação criminosa e roubo, na tarde de terça-feira. Outros dois homens, também apontados como lideranças do tráfico local, já foram identificados e indiciados pelos mesmos crimes.

Segundo a 151ª DP, "dada a gravidade do fato e presença de um embrião de narcomilícia, foi montada rápida ação para localizar e prender em flagrante os responsáveis".

O delegado titular da DP, Heberth Tavares Cardoso, ressaltou que situações como essa "não serão toleradas, seja qual for a localidade":

Os serviços prestados pelo município, estado ou concessionárias serão realizados e, caso necessário, a polícia vai intervir para garantir que isso aconteça em qualquer lugar da nossa cidade.

Ao Portal Multiplix, o delegado deu mais detalhes sobre o caso. Assista a seguir:

A Polícia Civil apontou também que, durante as eleições municipais, "as mesmas lideranças do tráfico chegaram a tentar limitar propaganda eleitoral na comunidade". Por conta disso, o local foi ocupado pela Polícia Militar (PM) "a fim de evitar que este embrião de milícia venha a crescer" na região.

Após o ocorrido com os funcionários da concessionária de telecomunicações, a PM voltou a ocupar o local para evitar novas represálias.

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