Chuvas castigam grande parte do estado do Rio de Janeiro
As cidades do Rio de Janeiro e Mangaratiba foram algumas das mais atingidas pelos temporais
Com a passagem de uma frente fria e o avanço de grandes áreas de instabilidade de São Paulo para o Rio nesta semana, todo o território fluminense está sofrendo com as fortes chuvas que caem no estado em áreas como a Costa Verde e as regiões Serrana e Metropolitana.
De acordo com o instituto Climatempo, a situação é de alerta para as próximas 24 horas, até o fim da noite desta quinta-feira, dia 7 de fevereiro, porque estas áreas de instabilidade vão persistir sobre o estado do Rio de Janeiro. O deslocamento da massa de nuvens de chuva deve ser lento e a previsão é de várias horas com chuva moderada e persistente.
Todas as regiões do estado do Rio de Janeiro podem sofrer com chuva moderada a forte nesta quinta-feira, mas a maior preocupação é com a Costa Verde (região de Angra dos Reis, Paraty, Mangaratiba), com o Grande Rio e com algumas cidades da Região Serrana que tiveram chuva extremamente volumosa no começo desta semana. Assim, córregos e rios já estão com níveis elevados e o solo e as encostas encharcados. Com este histórico, fica mais fácil a ocorrência de alagamentos, deslizamentos de terra e quedas de barreira e transbordamento de rios.
Na Região Serrana, a cidade de Nova Friburgo, que está em estágio de atenção, registrou uma precipitação média de 31,03 milímetros entre a manhã da última quarta até às 9h30 desta quinta-feira, 7, segundo a Defesa Civil do município. O órgão ainda informou que o “tempo continuará instável devido a efeitos da circulação da umidade.” A previsão é de chuva fraca a moderada ocasionalmente.
Em Teresópolis, a Defesa Civil informou que a cidade está em estágio de vigilância e não aconteceram ocorrências significativas decorrentes da chuva da última quarta-feira, 6, e da manhã desta quinta, 7, no município. Apenas duas ocorrências relacionadas à queda de árvores, mas sem gravidade, foram registradas”.
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Já na Região Metropolitana, a cidade do Rio de Janeiro foi duramente atingida por um temporal na noite da última quarta, alagando diversos pontos como os bairros de Copacabana, Gávea, Pedra de Guaratiba, São Conrado e Barra da Tijuca. No total, cinco pessoas morreram e o prefeito Marcelo Crivella decretou estágio de crise.
Uma das pessoas que morreu estava presa em um ônibus que passava pela Avenida Niemeyer e foi soterrado por uma encosta que cedeu no Vidigal. Além disso, mais de 100 árvores caíram na cidade e geraram transtornos no trânsito. Diversos estabelecimentos comerciais como academias, bares, hotéis e restaurantes acabaram tomados pela água. Os ventos chegaram a 110 km/h.
Entre às 15 horas do dia 4 e 15 horas do dia 5 de fevereiro, a cidade do Rio de Janeiro registrou, em média, de 40 mm a 90 mm de chuva.
A cidade de Niterói, também na Região Metropolitana, teve bairros alagados como Icaraí e Charitas, além de moradores da Região Oceânica terem ficado sem luz após a queda de uma árvore. A Defesa Civil de Niterói informou que as regiões do Morro do Bumba, Várzea das Moças e de São Francisco foram as que registraram o maior índice de acúmulo pluviométrico em uma hora. Também foram registrados ventos de 66 km/h em Charitas e 62 km/h em Piratininga. A previsão é de chuvas fracas nas próximas horas, de acordo com a Defesa civil.
Na Costa Verde, a cidade de Mangaratiba foi uma das mais atingidas pelos temporais que caíram na cidade do último final de semana até terça-feira, 5. Desde domingo, as sirenes tocaram mais de 200 vezes em um total de dez bairros que estão em área consideradas de risco. Em apenas 48 horas, choveu mais que o dobro do previsto para o mês de fevereiro.
Na região, os volumes de chuva registrados variaram entre 200 mm e quase 370 mm em 24 horas, dependendo da localidade. Porém, grande parte da chuva caiu em cerca de 6 horas. Foi o que ocorreu, por exemplo, na região de Mangaratiba, onde choveu 204 mm em apenas 6 horas.
Na última terça-feira, dia 5 de fevereiro, ocorreram deslizamentos, uma cratera foi aberta em uma estrada e casas acabaram cheias de lama. Em Angra dos Reis, ruas e condomínios ficaram alagados, com carros submersos e fortes enxurradas.