Conta de luz mais barata: Aneel anuncia bandeira tarifária amarela para o mês de novembro
Agência reduz taxa extra após melhora nas condições de geração de energia no país
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou na última sexta-feira, 25, que a bandeira tarifária para o mês se novembro será menor.
Em outubro, a bandeira foi vermelha patamar 2, mas com o aumento do volume de chuvas e a consequente redução do preço para gerar energia, será possível acionar a bandeira amarela no próximo mês, segundo a Aneel.
A cobrança que estava em R$ 7,87 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) passa para R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos.
A medida vale para todos os consumidores de energia conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
A agência informou que apesar da melhora das condições de geração da energia no país, as previsões de chuvas e vazões nas regiões dos reservatórios para os próximos meses ainda permanecem abaixo da média, indicando a necessidade de geração termelétrica complementar.
Com aumento do volume de chuvas e redução de preço, bandeira amarela poderá ser acionada em novembro | Foto: Divulgação/Aneel
O diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, falou sobre o sistema de bandeiramento tarifário que é aplicado no Brasil desde 2015:
O sistema de bandeiras se consolidou no Brasil como uma forma democrática do setor elétrico dialogar com a sociedade sobre o consumo eficiente e o custo da energia.
Antes, as variações que ocorriam nos custos de geração de energia, para mais ou para menos, eram repassados até um ano depois, no reajuste tarifário seguinte.
A bandeira ficou verde de abril de 2022 até julho de 2024, quando foi interrompida com o anúncio da bandeira amarela, seguida de bandeira verde em agosto, vermelha patamar 1, em setembro, e vermelha patamar 2, em outubro.
Como funciona
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela Aneel para indicar aos consumidores os custos da geração de energia no Brasil.
Ele reflete o valor variável da produção energética, considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis, bem como o acionamento de fontes de geração mais caras como as termelétricas.
Bandeira verde: condições favoráveis de geração de energia. A tarifa não sofre nenhum acréscimo;
Bandeira amarela: condições de geração menos favoráveis. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,01885 para cada kWh consumido;
Bandeira vermelha - Patamar 1: condições mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,04463 para cada quilowatt-hora kWh consumido;
Bandeira vermelha - Patamar 2: condições ainda mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,07877 para cada quilowatt-hora kWh consumido.
Com o sistema de bandeiras, o consumidor consegue fazer escolhas que contribuem para reduzir os custos de operação do sistema, diminuindo a necessidade de acionar termelétricas.
De acordo com a agência, mesmo que as condições de geração sejam favoráveis, é necessário continuar com bons hábitos de consumo que evitam desperdícios e contribuem para a sustentabilidade do setor elétrico. Com o acionamento da bandeira amarela, a vigilância quanto ao uso responsável da energia elétrica é fundamental.
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