Câmara aprova abertura de investigação contra prefeito de Cantagalo; Guga de Paula pede afastamento

A Câmara Municipal de Cantagalo, na Região Serrana do Rio, votou nessa sexta-feira, 29, o requerimento com o pedido de afastamento e o início das investigações para a cassação do mandato do prefeito Joaquim Augusto Carvalho de Paula, conhecido como Guga de Paula (PP).

A sessão extraordinária foi realizada mesmo em um período de recesso.

O pedido de abertura do processo de apuração dos fatos foi aceito por unanimidade pelos nove vereadores presentes. O prefeito foi flagrado no último fim de semana com uma arma, perseguindo um homem dentro de um bar.

Na abertura da sessão, o presidente da Casa Legislativa, o vereador Ciro Fernandes Pinto (PSD), falou sobre o ocorrido:

É muito triste o que vem acontecendo na nossa cidade. Não é a primeira vez. As pessoas de bem não querem ver isso, a cidade aparecendo nas redes mais importantes do país falando sobre o assunto. Nós estamos virando motivo de chacota.

Cada um dos vereadores teve a oportunidade para expor as suas opiniões durante a sessão, que durou mais de duas horas.

Agora, já formada a comissão, o vereador sorteado para ser o presidente é Sérgio Campanate (PSD), que vai dar andamento ao processo junto ao relator Tadeu Leite (Patriota) e o membro José Augusto Filho (União), também escolhidos em sorteio.

Foi aprovado ainda o pedido de licença médica, pelo período de 30 dias, feito pelo próprio prefeito Guga de Paula. O documento com a data dessa quinta-feira, 28, atesta que o prefeito está com "transtorno misto de ansiedade e depressão".

Essa votação também foi unânime e acatada em única discussão na Casa Legislativa.

Até o dia 27 de janeiro, quem assume o Executivo de Cantagalo é a vice-prefeita Emanuela Teixeira da Silva (Patriota).

Histórico polêmico

A denúncia na Câmara contra o prefeito ocorreu depois da sua prisão no último domingo, 24, após Guga de Paula invadir um bar com uma arma, atrás de um homem.

A ação foi registrada por câmeras de segurança do estabelecimento no bairro Aldeia.

A Polícia Militar foi acionada, e Guga levado para a 153ª DP e autuado por porte ilegal de arma de fogo.

Após pagar a fiança, ele foi liberado e o caso encaminhado à Justiça.

Depois do ocorrido, Guga se pronunciou por meio de redes sociais, onde disse que é prefeito há 20 anos e nunca teve uma conduta errada.

A reportagem entrou em contato com a assessoria da prefeitura, mas não teve nenhuma resposta sobre o assunto.

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