Prefeitura de Nova Friburgo reutiliza madeiras de deque que caiu na Vila Amélia
Reconstrução de trecho da rua que caiu foi concluída, mas cobertura do Córrego do Relógio está sendo realizada sem data para término
A obra do Córrego do Relógio, no bairro Vila Amélia, foi retomada em junho pela Prefeitura de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio de Janeiro. Entretanto, a forma como a intervenção vem sendo conduzida gerou reclamações da Associação de Moradores.
Vale lembrar que devido às chuvas de verão que caíram em Nova Friburgo, parte da rua Teresópolis, a principal do bairro, cedeu, levando um pedaço do deque, que servia de passagem aos pedestres, e derrubando quatro carros sobre o Córrego do Relógio, no dia 6 de fevereiro deste ano.
Em seguida, o poder público, através da Secretaria de Obras, iniciou o processo de reconstrução da rua, restando, atualmente, a recolocação do deque.
Essa parte da obra foi iniciada em junho pela Prefeitura de Nova Friburgo, conforme informado à reportagem do Portal Multiplix. Entretanto, o Executivo não deu um prazo para que o serviço seja finalizado, com a recolocação do deque.
A retomada gerou reclamações de alguns moradores do bairro. Segundo eles, as madeiras utilizadas seriam as mesmas que estavam sobre o córrego antes da queda e que estariam apodrecidas. E massa estaria sendo usada para reparar o material.
Tais relatos fizeram com que a Associação dos Moradores e Amigos da Vila Amélia (AMAVA) enviasse um ofício para as secretarias de Defesa Civil e de Obras, no dia 22 de junho.
“A preocupação da comunidade é que no local das obras tem circulação de pessoas o que provoca uma sensação de insegurança para a população a utilização desse material, já traumatizada com a queda da anterior”, diz a AMAVA em trecho do ofício.
O presidente da Associação de Moradores do bairro, Cailan Cardoso, destaca que a obra da forma que vem sendo realizada oferece riscos aos residentes e pedestres que passam pelo local.
“Enviamos o ofício (...) pedindo informações sobre os procedimentos e para saber se existe segurança naquele trecho. O correto seria fazer a obra toda e colocar uma laje no local”, relata.
Cailan revela ainda que a Secretaria de Obras garantiu que as madeiras estão seguras e que a associação está buscando que a intervenção ocorra de forma total.
“O encarregado da obra garantiu que as madeiras estão seguras e vamos confiar na palavra dele. Porém, a prefeitura não tem previsão de entregar o serviço e estamos buscando que tudo seja feito de forma conclusiva, e não fique se arrastando, visto que o problema existe desde a tragédia climática de 2011’, conclui o presidente da AMAVA.
Vale lembrar que antes da tragédia climática da Região Serrana, o local possuía um calçadão de concreto que caiu com a força da enxurrada que atingiu o bairro, na madrugada de 11 para 12 de janeiro de 2011.
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