De Friburgo para o mundo: artista plástica de 8 anos é selecionada para expor obras de arte em Paris

Ela é decidida, tem personalidade e sabe o que quer. Maya Veronese, de oito anos, se prepara para sua primeira exposição internacional, em Paris.

Estudante de ensino primário, filha de uma psicóloga e um operador de guindaste, a pequena artista friburguense foi selecionada recentemente para participar do Salão Internacional de Arte Contemporânea do Carrousel do Louvre, no ano que vem.

A exposição acontece todos os anos na capital francesa, no subsolo do Museu do Louvre. O local chamado de Carrousel do Louvre é uma galeria que combina cultura e comércio, com muitas lojas luxuosas, restaurantes e boutiques que refletem as modas atuais e a arte de viver francesa.

No segundo nível do espaço, fica a famosa pirâmide invertida, uma das entradas para o Museu do Louvre e projetada pelo arquiteto chinês-americano Ieoh Ming Pei. É nesse ambiente que Maya levará suas obras do trabalho que começou a fazer quando tinha apenas cinco anos.

Desde as primeiras pinceladas, Maya já falava do seu sonho:

Quero ser uma artista reconhecida.

Maya começou a pintar com cinco anos | Foto: Acervo/Camila Veronese

Camila Veronese, mãe da menina, conta que a filha sempre se interessou por desenhos, pinturas e arte. “Desde pequena sentava horas na mesa para desenhar, sempre muito criativa”, relembra Camila.

Além disso Maya gostava de brincar sozinha com seus bonecos, criando histórias e inventando vozes para cada personagem.

A pintura começou como uma brincadeira para Maya | Foto: Acervo/Camila Veronese

Foi no início da pandemia que Maya começou a se dedicar aos desenhos, assistindo aulas para aprender as técnicas de desenho, na internet. Segundo a mãe de Maya, sempre foi algo natural, nunca imposto e todas as pinturas foram feitas quando Maya sentia vontade de criar.

Quando percebemos que os desenhos estavam muito bons, perguntamos se ela gostaria de fazer mais aulas de artes. Ela já faz há quase dois anos. Ela ama aprender sobre cores, luz, formas e, processos criativos na arte.

Maya já pintou também em madeiras, mas foram as telas que despertaram maior interesse na pequena artista. E foi com cinco anos que ela pintou seu primeiro quadro e que está guardado até hoje. E o sonho de Maya começou com uma brincadeira, que ela fazia com a mãe.

Ela pintava e eu postava nas redes sociais. E o resultado disso foi surpreendente porque as pessoas começaram a comentar e pedir quadros, dizendo que queriam comprar as pinturas da minha filha.

Com isso, Camila começou a vender por preços simbólicos, para investir em novas telas e outros materiais necessários. Maya começou a administrar esse movimento, de pintar e vender seus trabalhos e tomou gosto pelo negócio: agora ela recebe encomendas e escolhe sobre o que vai vender, nomeia e decide o valor de suas pinturas, na maioria das vezes, abstratas.

A pequena artista gosta de pintar abstratos | Foto: Acervo/Camila Veronese

O que começou como uma atividade lúdica, se tornou uma forma de demonstrar sentimentos, pensamentos e de vivenciar momentos de alegria e paz. A mãe de Maya diz que no início do ano, depois de algumas pessoas elogiarem os quadros, ela resolveu mandar para um profissional avaliar o trabalho.

Foi quando ela recebeu um email marcando uma entrevista para participar do processo seletivo do Salão de Arte Contemporânea do Carrousel do Louvre, que acontecerá em outubro de 2023, com artistas do mundo todo.

Aprovada pela curadoria, Maya viu que a brincadeira tinha ficado séria e que seus sonhos de menina podem se tornar realidade.

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