Serviços dos Correios estão 5,49% mais caros a partir desta segunda-feira

Os Correios tiveram autorização do Ministério das Comunicações para aplicar um reajuste de 5,49% nos preços de envio de cartas e telegramas, tanto nacionais quanto internacionais, além de outros serviços postais.

A nova tabela de preços começou a valer a partir desta segunda-feira, dia 3 , data em que a portaria foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).

O reajuste foi baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE), entre janeiro e dezembro de 2022, descontado o Fator de Produtividade.

Com essa atualização, o custo do envio de cartas e aerogramas nacionais varia de R$ 2,45 a R$ 13,45, de acordo com o peso, podendo chegar a 500 gramas.

Para os telegramas nacionais, os valores variam de R$ 10,29 a R$ 14,90, dependendo do meio utilizado - internet, telefone ou agência.

Além disso, a portaria também divulgou um novo agrupamento de países para a precificação do envio de correspondências internacionais.

Vale ressaltar que o último reajuste dos Correios ocorreu em maio do ano passado.

Correios tiveram prejuízo de R$ 800 milhões

Os Correios informaram que fecharam o ano de 2022 com um resultado negativo de R$ 800 milhões, herdado da gestão anterior. A informação consta do balanço econômico-financeiro que foi submetido à aprovação do Conselho de Administração da estatal no fim do mês passado.

O resultado, ainda segundo os Correios, foi fortemente impactado pelo provisionamento de contingências trabalhistas, que somaram um valor de R$ 1 bilhão.

“As projeções realizadas até setembro de 2022 apontavam para um lucro de R$ 1,5 bilhão porque esse provisionamento não estava sendo feito”, disse o presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, que assumiu a gestão da empresa no início de fevereiro.

A maior parte do total (R$ 614 milhões) resulta de uma reclamação trabalhista que foi objeto de julgamento definitivo do Tribunal Superior do Trabalho (TST) ainda em 2021. Mesmo assim, o contingente não foi previsto nos balanços dos três primeiros trimestres de 2022.

O outro provisionamento, no valor de R$ 409 milhões, refere-se à reclamação trabalhista que teve trânsito em julgado em outubro de 2022, mas que também não vinha sendo lançado pela diretoria anterior no balanço.

Outros itens que contribuíram para o resultado negativo foram a obtenção de apenas 84% das receitas projetadas com vendas para o ano (R$ 20,5 bilhões de um total de R$ 24,3 bilhões) e a perda de receitas excepcionais trazidas pelo aumento do e-commerce na pandemia da Covid-19, que haviam gerado, de maneira atípica, R$ 5,3 bilhões.

A atual gestão enviou para aprovação do Conselho de Administração uma proposta inicial de ações prioritárias de curto e médio prazo para a recuperação da empresa, que será detalhada aos empregados e à sociedade nas próximas semanas.

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