Juliete Pantoja, do UP, pretende construir novos hospitais e UPA's no interior do Rio
Portal Multiplix conversou com os candidatos ao governo do Rio; reportagens são publicadas de acordo com a ordem alfabética dos nomes dos entrevistados
A candidata ao Governo do Rio de Janeiro, Juliete Pantoja (UP), enviou ao Portal Multiplix respostas a uma série de perguntas feitas aos postulantes ao cargo, que estão com maior porcentagem nas pesquisas de intenção de voto.
Os questionamentos foram feitos de acordo com o interesse dos eleitores das regiões Serrana e dos Lagos do Rio, áreas de abrangência do site.
As respostas foram publicadas na íntegra, cada uma delas com dez linhas, conforme o critério estabelecido para todos os candidatos.
Confira, na íntegra, as respostas da candidata Juliete Pantoja:
1 – Na área da Saúde, uma das principais queixas da população é a demora para a realização de procedimentos de urgência e emergência, que levam, na maioria das vezes, muito tempo para serem marcados. O que será feito para reduzir as longas filas de espera para internações e realização de exames de alta complexidade, regulados pelo SISREG?
Tanto a Região dos Lagos, como a Região Serrana contam com poucas unidades de saúde de média e alta complexidade, o que faz muitos dependerem dos convênios do SUS com a saúde privada. Precisamos realizar concursos públicos imediatamente para suprir a demanda de servidores. Outro processo que realizaremos é o fim da administração das OS´s, que prestam um mau serviço e criam condições muito ruins de trabalho para os profissionais da saúde. Apenas essas medidas já tem condições de reduzir e muito a fila do SISREG. Mas para também melhorar o atendimento de média e alta complexidade precisamos expandir a rede de saúde, com a construção de novas unidades hospitalares e UPAs, especialmente no interior.
2 – Segurança Pública é um dos temas que gera preocupação a todo o interior do estado. O que o (a) candidato (a) pretende fazer a fim de minimizar a violência e também de forma a oferecer melhores condições de trabalho para os profissionais da área?
Precisamos mudar radicalmente a política de segurança de todo o estado. A expansão das milícias e a aproximação dos milicianos com o tráfico de armas e drogas tem feito expandir para o interior a violência que temos na Região Metropolitana. Só dá para reverter esse quadro com mudança na estrutura das polícias, por isso defendemos a nível federal a desmilitarização da PM. A nível estadual queremos uma política de inteligência, que fiscalize as fronteiras do estado, rodovias e portos para cortar a entrada de armas e drogas. Aqui o interior terá foco central na nossa política de segurança. Defendemos um controle rígido de armas e munições de posse do estado. Outra prioridade é lutar contra a letalidade policial, incentivando uma formação focada nos direitos humanos dos agentes.
3 – Falando sobre Obras, o que o (a) candidato (a) pretende fazer em relação à recuperação de algumas encostas e demolições de imóveis condenados pela Defesa Civil, que ainda não foram feitas desde a época da tragédia climática na Região Serrana, em 2011?
A Região Serrana todo ano tem que prender a respiração a cada chuva. A tragédia é anunciada a todo momento e mesmo assim nenhum governo teve a coragem de implementar uma política preventiva a desastres. Nós vamos mudar isso. Queremos realizar as frentes emergenciais de trabalho, que na Região Serrana e em outras áreas de risco no interior, terá como foco obras de infraestrutura para prevenir desastres causados pela chuva. Outra proposta importante nossa é fortalecer a Defesa Civil dos municípios e do estado, fazendo novos concursos e adquirindo material para que esses servidores possam trabalhar.
4 – Em relação à Educação, qual a maior necessidade a ser sanada já no primeiro ano de governo nas regiões Serrana e dos Lagos?
Temos que recuperar o atraso pedagógico causado pela pandemia. Para isso, precisamos de um programa que garanta concurso de novos profissionais de educação e a ampliação das unidades. Outro ponto é combater a evasão, trazendo esses estudantes de volta para a escola. Por isso, defendemos uma política de busca ativa a estudantes que evadiram, aliando conselhos tutelares, municípios e profissionais da educação na busca desses estudantes. Acreditamos também que é necessário fortalecer o EJA (Educação de Jovens e Adultos), só em Nova Friburgo, 30% dos eleitores não completaram o ensino fundamental, em Cabo Frio, esse dado é de 25%. Nosso povo precisa de acesso à educação pública e essa é uma prioridade da nossa candidatura.
5 – A Economia foi um dos setores que mais sofreram impactos durante o auge da pandemia, em 2020. As cidades do interior registraram alto índice de desemprego, principalmente no comércio, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o Caged. Apesar deste número já ter apresentado uma melhora, a população ainda anseia por melhorias neste setor. O que pretende fazer para mudar este cenário?
Entendemos que o estado deve ter uma atuação maior na economia. A crise no comércio, principalmente no micro e pequeno comerciante, é fruto do aumento da miséria do povo do Rio. Por isso, iremos implementar uma política de renda mínima e aumentar em 100% o salário mínimo estadual, além do mais com novos concursos e as frentes emergenciais de trabalho abriremos dezenas de milhares de novos empregos no interior. Essas políticas combinadas darão acesso à renda ao povo pobre, fazendo ele consumir mais e consequentemente incentivando o pequeno comércio. Outra medida é combater os monopólios dos grandes supermercados fortalecendo o Ceasa e os pequenos produtores, diminuindo o preço dos alimentos e facilitando o acesso do pequeno comerciante a eles para a revenda.
6 – Sobre Cultura, quais são as propostas para fomentar o segmento no interior?
Defendemos a ampliação dos aparelhos de cultura no interior, como teatros, anfiteatros, cinemas e outras estruturas. Queremos também fortalecer o Inepac (Instituto Estadual do Patrimônio Cultural) no interior, ampliando os tombamentos e a valorização da memória cultural e histórica da população do interior. Precisamos também aproximar a juventude do interior com a cultura, financiando as manifestações culturais como rodas de slam, rima, entre outras.
7 – Em relação ao Turismo, o que o (a) candidato (a) pretende fazer para melhorar o setor nas cidades das regiões Serrana e dos Lagos?
Nossa política para o turismo tem como centro a responsabilidade ambiental e social. Somos contra qualquer processo de elitização e degradação do meio ambiente para servir ao turismo, como acontece hoje em alguns lugares da Região dos Lagos. Queremos incentivar o turismo para trazer pessoas a conhecer a natureza e a história das cidades da costa e da serra, combatendo as ações predatórias e apoiando os trabalhadores do setor.
8 – Espaço reservado para considerações finais.
Nosso programa é um programa que quer botar o povo no poder. Não queremos conchavos com os mesmos de sempre, cada proposta dessa depende de ampla participação popular. Queremos ver o povo do interior no nosso governo. Por isso, chamamos a todo mundo a vir conhecer nossa candidatura nas redes sociais e também a votar no dia 2 de outubro na Unidade Popular, número 80.
Também concorrem à disputa: Cyro Garcia (PSTU), Eduardo Serra (PCB), Luiz Eugênio (PCO) E Wilson Witzel (PMB).
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