Ex-governadores Anthony Garotinho e Rosinha Matheus são presos no Rio
Prisão foi realizada em razão de suposto superfaturamento em contratos firmados entre a Odebretch e a Prefeitura de Campos
Em operação do Ministério Público do estado do Rio de Janeiro (MPRJ), através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência, os ex-governadores Anthony Garotinho (sem partido) e Rosinha Matheus (Patriotas) foram presos na manhã desta terça-feira, dia 3 de setembro.
O órgão fiscalizador pediu a prisão preventiva dos políticos em razão de investigações que apontam superfaturamento em contratos celebrados entre a Prefeitura de Campos e a construtora Odebretch para a construção de casas populares no município do norte fluminense pelos programas Morar Feliz I e II durante o mandato de Rosinha como chefe do Executivo municipal. Antony Garotinho também já comandou o município de Campos dos Goytacazes. A acusação se baseia na delação de dois executivos da construtora que foram homologadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF)
Os ex-governadores foram presos em seu apartamento, no bairro do Flamengo, na Zona Sul do Rio, na manhã desta terça-feira. Em seguida, foram levados para a Cidade da Polícia, no Jacaré, Zona Norte do Rio. A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) vai definir o destino do casal.
Outras prisões
Vale lembrar que os ex-prefeitos de Campos já foram presos em outras ocasiões. Em novembro de 2016, Anthony Garotinho - que governou o Rio de Janeiro entre 1999 e 2002- foi preso na deflagração da Operação Chequinho, por ser suspeito de comprar votos através do programa social Cheque Cidadão na eleição municipal de 2016.
Em setembro de 2017, Garotinho foi preso pela segunda vez, enquanto apresentava um programa em uma rádio carioca, para cumprir prisão domiciliar por fraude eleitoral. Dois meses depois, nova detenção, dessa vez, junto com sua esposa e também ex-governadora do Rio, Rosinha Matheus (chefe do Executivo entre 2003 e 2006), também acusada de crime eleitoral.