Projeto Mar sem Lixo: no Dia Mundial dos Oceanos, Cabo Frio vai realizar marcha de conscientização
Caminhada pela orla da Praia do Forte tem o objetivo de chamar atenção sobre a conservação dos ambientes marinhos
Os oceanos influenciam nas condições climáticas, absorvem grande quantidade de gás carbônico e alimentos para várias espécies. Mas, pensando em chamar a atenção da população para os problemas que os ambientes marinhos estão sofrendo, o Projeto Mar Sem Lixo vai realizar nesta quarta-feira, 8, em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio, a Marcha pelos Oceanos.
Programação
O evento acontece em comemoração ao Dia Mundial dos Oceanos e recebe apoio da prefeitura. De acordo com os organizadores, as atividades começam às 9h, com apresentação de projetos ambientais, em uma ação lúdica que busca sensibilizar a sociedade quanto à proteção de meio ambiente marinho.
Na sequência, está prevista uma oficina de criação de cartazes, onde serão distribuídas cartolinas, tintas e canetas, para que sejam escritas mensagens que representem a percepção do participante sobre o assunto.
A Marcha pelos Oceanos terá início às 10h, com uma caminhada pela orla da Praia do Forte.
Números da poluição continuam crescendo
A poluição nas praias e nos mares, principalmente de plásticos, é tema de discussão durante todo o ano nos projetos deste movimento global da sociedade civil, que foi realizado pela primeira vez no Brasil, no Rio de Janeiro, em 2018, onde a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou atenção para esse problema nos oceanos.
De acordo com os estudos pelo Ocean Conservancy, órgão que luta pela preservação dos mares, a produção do material cresce de forma alarmante. Nos próximos dez anos, a produção e o consumo de plástico no mundo devem duplicar.
As pesquisas apontam ainda que 95% do material é desperdiçado por descarte inadequado. Após a primeira utilização, o equivalente a 13 bilhões de toneladas por ano são despejadas nos oceanos.
Por causa deste descarte, 90% das aves marinhas têm derivados de plásticos em seus estômagos. Segunda a pesquisa, 100% das tartarugas que foram analisadas tinham em seu conteúdo estomacal algum tipo do material deste tipo.
Os humanos também sofrem impactos como a diminuição da produção de peixes, que podem afetar as atividades de comunidades que dependem exclusivamente da pesca para a sobrevivência.
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