Diante do avanço da dengue, SES passa a divulgar boletim semanal com panorama da doença no RJ
Análise apresenta tendência de aumento do número de casos nos municípios fluminenses
Diante do avanço dos casos de dengue no estado, o governo do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), passou a divulgar um boletim semanal sobre a situação epidemiológica da dengue nas nove regiões do Rio de Janeiro, a partir desta semana.
A análise apresenta a tendência do aumento do número de casos da doença, que já se encontra muito acima do esperado para o momento, de acordo com a SES-RJ.
O modelo estima o dobro de casos que já deveriam estar no sistema de notificação, mas ainda não aparecem devido ao atraso de notificação.
A elaboração desse material coletado é feita por técnicos do Centro de Informação Estratégica de Vigilância em Saúde, que compõe o Centro de Inteligência em Saúde da SES-RJ (CIEVS/CIS-RJ).
A secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello, falou sobre o monitoramento que está sendo realizado nos municípios fluminenses:
Com a identificação do tipo 4 e com o possível surgimento do tipo 3, estamos ainda mais alertas para possíveis epidemias. Seguimos atuantes junto aos 92 municípios para que, caso o cenário piore, as respostas sejam assertivas e rápidas, minimizando os impactos causados à população e, principalmente, para evitar óbitos.
Até a última segunda-feira, dia 11, o estado do Rio registrou 43.205 casos da doença, com 2.481 internações e 26 óbitos. Outras informações podem ser conferidas neste link.
Confira os dados por região
A Região Litorânea apresenta atraso de notificação e estabilidade, em patamar alto, no número de casos. Os municípios de Rio das Ostras e São Pedro da Aldeia estão com um padrão de número de casos muito acima do esperado durante todo o ano e no período atual. Rio das Ostras apresenta um atraso importante de notificação, com tendência crescente.
A Baía da Ilha Grande (BIG) não apresenta atraso de notificação. As cidades de Angra dos Reis e Mangaratiba estão com padrão fora do esperado para a época do ano.
Centro Sul também apresenta importante atraso de notificação, com tendência de crescimento, sendo Três Rios o que tem o maior número de casos em atraso.
Médio Paraíba não apresenta atraso de notificação. Apenas Resende apresenta uma tendência de aumento de casos.
Metropolitana II chama atenção por não ter apresentado aumento de casos de dengue em 2023.
Regiões Serrana, Norte e Noroeste não apresentam tendência de aumento ou municípios fora do padrão, exceto Santo Antônio de Pádua (Noroeste), que apresenta tendência de crescimento, segundo o modelo de atraso de notificações.
Neste mês, a cidade do Rio teve uma paciente diagnosticada com dengue tipo 4 pela primeira vez em cinco anos.
A informação foi confirmada no dia 7 de dezembro pelas Secretarias de Saúde Estadual e Municipal.
Esse novo tipo de dengue e a tendência de alta nos casos criaram um alerta no Estado do Rio de Janeiro.
Receba as notícias do Portal Multiplix direto no WhatsApp. Clique aqui para participar.