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Nova Friburgo tem 26 localidades com risco de surto de dengue, aponta levantamento da Secretaria de Saúde

Pesquisa revela também quais são os principais focos de criadouros do mosquito na cidade

Por Erika Amaral
Com informações de Prefeitura de Nova Friburgo e SES-RJ
29/01/25 - 16:46
Nova Friburgo tem 26 localidades com risco de surto de dengue, aponta levantamento da Secretaria de Saúde Pneus, lixo e caixas d'água são perigosos criadouros do mosquito Aedes Aegypti | Foto: Banco de Imagem

A Secretaria Municipal de Saúde de Nova Friburgo (SMS), na Região Serrana do Rio, divulgou nesta terça-feira, 28, um estudo realizado em diversas localidades e bairros sobre os índices de infestação pelo mosquito Aedes aegypt, causador da dengue, em imóveis e em depósitos da cidade.

A pesquisa, chamada de Levantamento de Índice Rápido de Aedes aegypti (Liraa) é uma recomendação do Ministério da Saúde (MS) e tem por objetivo mapear regiões, direcionar ações e diagnósticos rápidos da situação entomológica de controle do vetor e de educação em saúde.

Esse mapeamento se torna imprescindível após o ministério informar que o número de óbitos por dengue no país em 2024 foi de 6.041, enquanto o de Covid-19 chegou a 5.960.

Diante do aumento dos casos de dengue e chikungunya no último ano e com a previsão de manutenção dessa tendência em 2025, o MS publicou uma nota técnica aos municípios, na primeira semana de janeiro, em que reforça a necessidade de monitoramento constante do cenário epidemiológico.

NOTÍCIA RELACIONADA:

Dengue mata mais que Covid-19 no Brasil em 2024; Nova Friburgo registrou mais de 5.300 casos

Segundo a Secretaria Municipal de Nova Friburgo, o levantamento foi realizado entre os dias 6 e 11 de janeiro.

Foram vistoriados 4.126 imóveis em 61 localidades, "sendo que nesses foram identificados e examinados os depósitos que reuniram as condições para proliferação do vetor Aedes aegypti e aqueles com a presença de formas imaturas foram coletados e encaminhados para o laboratório para a identificação das espécies".

O resultado do estudo foi publicado no Diário Oficial do município na edição dessa terça-feira, 28:

De acordo com Liraa, das 61 localidades vistoriadas, 41 apresentaram considerável densidade vetorial, 26 em alto risco (risco de surto), 15 em médio risco (alerta) e apenas uma em baixo risco (satisfatório). Além disso, em 20 bairros e sublocalidades não foram encontrados o mosquito transmissor da dengue para que fossem determinados os índices.

A ação da prefeitura em realizar o monitoramento e detectar os focos do mosquito transmissor da dengue reforça ainda mais a importância de cada cidadão assumir a responsabilidade de eliminar o mosquito em suas residências.

Dados do levantamento mostram quais são os principais criadouros do mosquito transmissor da dengueDados do levantamento mostram quais são os principais criadouros do mosquito transmissor da dengue | Foto: Reprodução

Veja abaixo os principais focos de criadouros na cidade relacionados ao Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (Liraa):

  • 45,8% - depósitos móveis

  • 16,7% - pneus

  • 11,3% - lixo

  • 11,6% - depósitos fixos

  • 5,5% - caixas d'água

  • 4% - água potável ao nível do solo

Relação da SMS mostra a classificação de risco para focos de dengue nos bairros Relação da SMS mostra a classificação de risco para focos de dengue nos bairros | Foto: Reprodução

Além disso, o Liraa também classificou áreas do município com riscos potenciais de surto da doença. Acompanhe abaixo:

Alto risco (risco de surto)

  • Rui Sanglard - 31,2%

  • Parque das Flores - 25%

  • Lagoinha - 22,2%

  • Alto de Olaria - 18,5%

  • Duas Pedras - 17,6%

  • Belmont 16,7%

  • Prado - 15,5%

  • Sítio São Luiz - 13,3%

  • Córrego Dantas - 10,3%

  • Bela Vista - 10,2%

  • Amparo (Barroso) - 10%

  • São Geraldo - 9,5%

  • Cascatinha - 9,1%

  • Parque Maria Tereza - 8,3%

  • Jardim Ouro Preto - 8%

  • Alto da Chácara - 7,8%

  • Jardim Califórnia - 7,8%

  • Riograndina - 6,6%

  • Santa Bernadete - 6,6%

  • Amparo (centro) - 6,3%

  • Olaria (centro) - 6,2%

  • Braunes - 5%

  • Santo André - 4,3%

  • São Jorge - 4,3%

  • Varginha - 4,1%

  • Tingly - 4%

Médio risco (alerta)

  • Cordoeira - 3,7%

  • Conselheiro Paulino - 3,7%

  • Loteamento São João - 3,5%

  • Perissê - 3,5%

  • Olaria (remediações do antigo Sase) - 3,3%

  • Jardinlândia - 3,1%

  • Chácara do Paraíso - 2,6%

  • Ponte da Saudade - 2,4%

  • Catarcione - 2,3%

  • Centro - 2,2%

  • Lazareto - 1,7%

  • Paissandu - 1,5%

  • Vargem Grande - 1,4%

  • Vale dos Pinheiros - 1,2%

  • Nova Suíça - 1,1%

Baixo Risco (satisfatório)

  • Campo do Coelho - 0,7%

Ações de prevenção do estado

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES), em 2025, já foram registrados 2.105 casos prováveis de dengue e 140 internações.

A SES informou que funcionários das 27 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) estaduais intensificarão os atendimentos de pacientes com sintomas de dengue e as grávidas diagnosticadas serão encaminhadas ao Instituto Estadual de Infectologia São Sebastião (Ieiss).

Em reunião ocorrida na última semana, para tratar das ações de combate à doença, a secretária de estado de Saúde, Claudia Mello, destacou:

Estamos vivendo períodos de altas temperaturas no estado e isso favorece a proliferação da dengue, com casos acima do esperado. Por isso, vamos reforçar junto aos profissionais que trabalham na ponta, bem como, gestores e a população, os sinais e sintomas da doença, para que ela seja tratada em seu estágio inicial.

O governador Cláudio Castro (PL) também disse que "mesmo não tendo um quadro de epidemia, como ocorreu no ano passado, o governo do estado está fazendo a sua parte. Estamos atentos, tomando medidas e ampliando a informação que serve de alerta à toda sociedade".

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