Caminhos da Serra! Veja quais as principais opções de trilha na Região Serrana do Rio
Guia de Turismo cita cuidados que se deve tomar para percorrer trilhas da serra fluminense
“Você não sabe o quanto eu caminhei...” No sentido literal, o trecho da música da Cidade Negra pode refletir bem uma prática muito comum na Região Serrana do Rio: as trilhas ou caminhadas.
Em Nova Friburgo, existem diversas opções de trilhas, como Cão Sentado, Três Picos, Caledônia, Chapéu da Bruxa e da Pedra da Pirâmide. Em Teresópolis, há a travessia Petrópolis x Teresópolis, Pedra do Sino e do Vale dos Frades.
Essas trilhas podem exigir mais ou menos esforço de quem deseja praticar o esporte. Para isso, é necessário tomar alguns cuidados, como conta o guia de turismo de Nova Friburgo, Eric Pereira, de 38 anos.
“Quem vai caminhar ou pede orientação, nós recomendamos precauções como: evite caminhar sozinho e tenha o conhecimento do percurso. Caso não tenha, vá acompanhado de um guia ou condutor que conheça o caminho”, afirma.
Eric conta que é guia de turismo de trilhas de níveis regional, nacional, sul-americano, de atrativos naturais e de cicloturismo. O profissional aponta que o inverno é a estação mais propícia para se realizar trilhas.
“O inverno é a estação mais aconselhada a fazer trilhas ou caminhadas, pois o tempo fica mais estável e favorece o esporte”, explica.
Ele destaca ainda que é necessário levar o seguinte material de segurança:
- Canivete
- Repelente
- Lanterna
- Protetor Solar
- Duas garrafas de água
- Kits de primeiros socorros
- Algum remédio que esteja tomando
O guia destaca ainda que, dependendo do grau de dificuldade da trilha, é necessário estar praticando exercícios físicos. E cada trilha é feita de acordo com o perfil das pessoas que integram o grupo de trilheiros. Ele citou ainda quais, na sua opinião, são as principais trilhas da Região Serrana.
“As principais trilhas da Região Serrana são o Parque Estadual Três Picos, que possui opções de trilhas mais moderadas e onde você pode ir até a cidade de Teresópolis. Na sede de Salinas do parque, existem trilhas mais difíceis, com pontos que requerem cordas, chamadas “escalaminhadas”, com um nível mais puxado. Existem ainda trilhas mais leves, como a estrada que vai para Cascatinha-São Lourenço; o Parque do Cão Sentado; e o Caledônia, que tem uma subida íngreme, mas é de fácil acesso. Na região de São Pedro, Lumiar, Boa Esperança e Galdinópolis existem trilhas mais procuradas para que as pessoas possam se banhar”, afirma.
Eric revela que as trilhas do território friburguense, geralmente, possuem um contexto histórico, passando por estradas que serviam para escoar o café da região. Além disso, ele destaca quais são as trilhas que considera as mais difíceis e as mais fáceis.
“Na nossa região, as trilhas mais difíceis são as do Três Picos, a Trilha do Faraó, na Apa de Macaé de Cima, e a Travessia Salina-Cachoeiras, a chamada Guapiaçu. Essas são difíceis de orientar e exigem um bom preparo físico”, afirma, antes de completar.
“As mais fáceis são Cão Sentado; os túneis de Murinelli, na divisa entre Friburgo e Sumidouro; a cascata Conde D’eu, em Sumidouro; e algumas trilhas em São Pedro e Lumiar, como Encontro dos Rios e as que vão até Boa Esperança”
Ele destaca que, em suas experiências, a trilha mais difícil que fez foi a do Faraó.
A trilha do Faraó fica na Apa de Macaé de Cima e vai até Cachoeiras. Ela possui mata fechada e você tem que cruzar o leito do rio de um ponto ao outro. É muito fácil se perder e o local é pouco usado. A região é bem preservada e os trilheiros só deve ir com o guia ou condutor”, finaliza.