Carnaval com segurança: confira dicas para se proteger durante os dias de folia
Órgãos oficiais dão orientações para evitar riscos de golpes, furtos e assédio sexual
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Alegria, música e festa são algumas coisas que vêm à cabeça quando pensamos no Carnaval. Porém, além da curtição, os dias de folia demandam um cuidado especial com a segurança, já que a combinação de bebidas alcoólicas e multidão pode facilitar a ação de roubos e furtos.
Um dos principais alvos dos assaltantes são os celulares e os cartões de crédito e débito.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) orienta que o folião evite ficar com o celular na mão e o mantenha guardado em local seguro.
Se mesmo assim a ação ocorrer, um forma de minimizar os danos é o aplicativo Celular Seguro, lançado pelo MJSP e disponível gratuitamente para Android e iOS.
Com a ferramenta, é possível bloquear o aparelho rapidamente pelo próprio usuário ou por alguém em que ele confie, mesmo sem acesso à internet.
Além do bloqueio, a plataforma também envia alerta para entidades parceiras (bancos, instituições financeiras, operadoras de telefonia e outros serviços) para impedir movimentações nas contas vinculadas.
O passo a passo para utilizar o aplicativo está disponível no site do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Já em relação aos cartões, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) aconselha ajustar os limites do Pix; não fazer operações em maquininhas com visor quebrado; e desabilitar o pagamento por aproximação dos cartões de crédito e débito.
Antes de sair de casa, revise os limites de seu Pix e de seu cartão de crédito para valores que realmente for usar na festa. Instale as ferramentas de segurança do fabricante de seu celular e use recursos como, por exemplo, que ocultem aplicativos ou ainda que peçam biometria facial para a abertura
, alerta Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban.
Entre os cuidados, a federação orienta ainda que os foliões, ao comprar com ambulantes usando cartão, não o entreguem ao vendedor para evitar trocas. Nessa situação, também é aconselhável não fazer pagamentos em maquininhas com o visor danificado.
Golpes
Durante o Carnaval, outros métodos são usados para furtar os foliões sem que eles percebam. A Polícia Civil do Rio de Janeiro chamou a atenção para três tipos de golpes comuns nesta época do ano:
Golpe da falsa briga
Criminosos simulam uma briga para distrair os foliões e furtar os pertences sem que a pessoa perceba.
"Dê preferência a doleiras e pochetes viradas para o corpo para guardar seus itens", destaca a Polícia Civil.
Golpe da maquininha
Vendedores ambulantes alteram o valor na maquininha de pagamento ou se aproveitam da distração para dar o troco errado.
Golpe do falso ingresso
Cambistas e sites de providência duvidosa aproveitam o desejo da pessoa de assistir os desfiles de Carnaval no Sambódromo ou participar de outras festas e vendem ingressos falsos.
Nesse caso, a Polícia Civil orienta que a compra seja feita sempre nos canais oficiais.
Assédio sexual
Roubo e furto não são os únicos perigos durante os dias de folia. De acordo com a pesquisa do Instituto Locomotiva e Question Pro, metade das mulheres já foi vítima de assédio sexual durante a festividade.
O dado evidencia um problema que muitas pessoas enfrentam especialmente nessa época do ano: beijos forçados, toques indesejados, xingamentos, cantadas e aproximações inapropriadas, além de outras situações que agridem verbalmente ou fisicamente.
É importante evidenciar que importunação sexual é crime, de acordo com a lei n°13.718/2018, e a pena pode chegar a cinco anos de reclusão.
Ainda segundo o levantamento, 7 em cada 10 mulheres têm medo de sofrer assédio no carnaval.
Neste contexto, o Governo do Estado do Rio de Janeiro, em parceria com o Empoderadas, projeto da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do RJ, divulgou alguns cuidados que podem ser adotados para minimizar os riscos:
Ao ir a um banheiro químico, avise amigos e familiares e fique atenta ao movimento no local;
mantenha copos e garrafas com tampa para evitar que coloquem algo na bebida. Além disso, não beba nem compartilhe copos com estranhos;
ao chegar em um ambiente, esteja atenta aos postos de acolhimento de segurança para solicitar ajuda. Em caso de crime, recorra a eles ou aciona a Polícia Militar pelo 190;
evite andar desacompanhada;
quando voltar para casa, atualize os amigos e familiares e compartilhe a corrida.
Telefones e aplicativos úteis
Caso ocorra alguma situação de risco, acione os profissionais adequados para solicitar ajuda.
- Polícia Militar - 190
- Bombeiros - 193
- Samu - 192
- Procon - 151
Outra forma de pedir ajuda é através dos aplicativos 190RJ, que mantém um canal direto entre a pessoa e os operadores do 190 para um atendimento mais dinâmico em momentos de emergência; e o Rede Mulher, que permite à vítima pedir socorro de forma rápida a amigos e familiares e facilita a busca por órgãos de proteção mais próximos.
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