Comemoração natalina está mais cara neste ano; veja os produtos que subiram de preço
Azeite de oliva, lombo de porco e pernil lideram a lista de itens que encareceram nesta época
Manter as tradições natalinas da ceia e distribuição de presentes vai impactar ainda mais o orçamento das famílias neste ano. É o que indicam as pesquisas da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), lançadas recentemente.
Nos supermercados, o IPC aponta encarecimento de 7,7% na cesta natalina.
Um dos itens que mais pesa no bolso do consumidor não é novidade: o azeite de oliva. O produto, que já registrou um aumento expressivo ao longo de 2024, subiu mais de 21% no Natal.
Já as proteínas, como lombo de porco, pernil e filé mignon, tiveram uma alta de 20% neste mês. Segundo a pesquisa, as frutas, especialmente a uva e o pêssego também registraram um encarecimento de 20%.
Na lista de produtos que ficaram mais caros nesta época, em relação ao mesmo período de 2023, estão: o suco de laranja, palmito, a caixa de bombom e azeitona verde com caroço.
A seca de setembro e as ondas de calor do ano passado são alguns dos motivos destacados pelo economista Guilherme Moreira, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), para a elevação dos preços.
Também tem um pouco de impacto de câmbio nesse preço, esse ano nós tivemos uma desvalorização cambial de quase 25%. Isso afeta os alimentos de várias maneiras, não só os que são importados, mas também o custo de produção aqui no Brasil
, explica o especialista.
Já na hora de presentear, os bens tipicamente mais consumidos terão uma alta média de 5,8%, segundo a CNC. Entre eles, os livros, os produtos para a pele e os perfumes estão entre os itens que devem ficar mais caros neste fim de ano.
No entanto, a boa notícia é que algumas opções de presentes tendem a ficar mais baratas em relação ao ano passado. São elas: bicicletas, aparelhos telefônicos e brinquedos.
Ao Portal Multiplix, a CNC explica que a elevação nos preços pode ser atribuída a fatores como inflação persistente, aumento nos custos de produção e logística, além de variações cambiais que encarecem insumos importados.
Essas condições econômicas pressionam os preços finais ao consumidor, tornando as compras natalinas mais onerosas. (...) Os consumidores adotarão um comportamento mais cauteloso, priorizando itens essenciais e buscando alternativas mais acessíveis
, enfatiza a entidade.
O endividamento que afeta 77% das famílias brasileiras é outro fator destacado pela confederação para impulsionar a moderação de gastos nas festividades de fim de ano. Nesse sentido, este Natal deve ser marcado por "consumidores evitando comprometer ainda mais o orçamento familiar".
Sobre as intenções de compra dos brasileiros, a plataforma Tim Ads divulgou uma pesquisa que aponta o planejamento de 66% dos entrevistados em gastar até R$ 300 em presentes neste Natal.
O estudo, que considera 11 mil respostas, também revela que 64% da amostra pretende presentear até cinco pessoas, com destaque para filhos e pais ou mães.
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