Marinha abre inquérito para investigar causa da explosão de lancha em Cabo Frio
Vítimas que estavam a bordo seguem internadas com quadro de saúde estável
A Marinha do Brasil abriu um Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN), para apurar as causas da explosão de uma lancha que feriu seis pessoas em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio. As vítimas que estavam a bordo seguem internadas.
De acordo com a Marinha, o inquérito vai se aprofundar nas circunstâncias e possíveis responsabilidades do incidente envolvendo a embarcação ‘A MAR I’, que pegou fogo no Arco do Canal, próximo à Ilha do Japonês na última sexta-feira, dia 10.
O procedimento é realizado por meio da Delegacia da Capitania dos Portos na cidade, a (DelCFrio). O órgão destacou que a instauração de inquérito administrativo é um procedimento previsto na Lei 2.180/1954, e possui suas fases de instrução estabelecidas:
Após a conclusão do IAFN, o caso será encaminhado ao Tribunal Marítimo (TM) do Rio de Janeiro. O TM, como autoridade competente, irá avaliar as conclusões do inquérito e decidir se será oferecida denúncia à Procuradoria Especial da Marinha (PEM).
Além disso, o Tribunal Marítimo tem o poder de aplicar sanções punitivas na esfera administrativa, incluindo multas, suspensão e até mesmo o cancelamento dos certificados de habilitação, em caso de constadas irregularidades com a embarcação.
Estado de saúde das vítimas
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) informou o estado de saúde dos feridos. No Hospital Estadual Roberto Chabo, em Araruama, Rafaela Maria de Jesus Larangot, de 9 anos, Miguel Junio de Jesus Larangot, de 4 anos, e Raphael Junio de Oliveira Larangot, de 34 anos, têm quadro estável.
Outros dois pacientes permanecem no Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo: Gabriel Junio de Jesus Larangot, de 8 anos, e Leni Eustaquia Paloma de Jesus, de 28 anos, seguem com quadro estável.
No Hospital Estadual de Traumatologia e Ortopedia Vereador Melchiades Calazans (HTO Baixada), em Nilópolis, o estado de saúde do paciente Geovanni Santos de Brito, de 30 anos, também é considerado estável pela equipe médica.
O boletim médico mais recente foi divulgado na tarde dessa segunda-feira, 13. As seis vítimas foram socorridas e, logo após, transferidas para unidades hospitalares em outras cidades. Todos estão com mais de 50% do corpo com queimaduras.
Relembre o caso
Seis pessoas que estavam na lancha, entre elas, três crianças, ficaram feridas após a embarcação explodir no Arco do Canal. Na embarcação, estavam o condutor da lancha e um casal com três filhos. A família é da cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais.
A Guarda Marítima disse que a explosão ocorreu por volta das 11h da última sexta, 10. Por coincidência, o acidente foi no mesmo instante em que agentes da Guarda faziam um treinamento com a Polícia Militar e a Marinha, próximo ao local.
Por esse motivo, os agentes conseguiram chegar de forma rápida até o acidente para resgatar os feridos e prestar os primeiros socorros. A Guarda também informou que havia um cheiro forte de gasolina na embarcação.
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