Nova Friburgo tem protesto de estudantes e professores
Manifestação contra cortes na Educação e reforma da Previdência teve início às 13h, na Praça Dermeval Barbosa Moreira, no Centro

Profissionais da educação, professores da rede pública e privada, além de estudantes, realizaram um protesto na tarde desta quarta-feira, 15, na Praça Dermeval Barbosa Moreira, no Centro de Nova Friburgo, Região Serrana do Rio. Os manifestantes se posicionaram contra o contingenciamento de verba na educação, pelo Governo Federal, e contra a reforma da Previdência, em discussão no Congresso Nacional.
O protesto chamado de Dia Nacional de Luta pela Educação foi convocado por sindicatos do segmento e via redes sociais, a exemplo de outras manifestações que ocorrem nesta quarta, em diversas cidades do Brasil.
Os manifestantes usaram um carro de som, onde fizeram discursos, e exibiram cartazes e faixas. Por volta das 16h, deixaram a praça e caminharam pela Avenida Alberto Braune até a sede da prefeitura. O trânsito no local ficou em meia pista.
NOTÍCIAS RELACIONADAS:
Nova Friburgo e Teresópolis têm paralisação dos profissionais da Educação nesta quarta
Cefet é mais uma das instituições federais em Friburgo a ser atingida por corte de verbas
Vice-diretor da UFF fala sobre impacto de corte orçamentário no campus Nova Friburgo
O professor de língua portuguesa Alexandre Soares explica o motivo de ter comparecido à manifestação. "Nós estamos aqui porque não podemos mais compactuar, ficar quietos, diante de todos esses cortes, esses ataques que a educação vem sofrendo, com discursos e argumentos que são completamente furados, como o de investir melhor na educação básica. E, aí, também há um corte no Fundeb, que é o Fundo para Educação Básica, então aí existe uma contradição muito grande. Não podemos mais compactuar com isso, acho que esse é o momento de lutar", afirma.
Estudantes protestam em frente à Prefeitura de Nova Friburgo | Foto: Frank Martins
Os profissionais da área também fazem nesta quarta uma paralisação de 24 horas em todo o país. De acordo com levantamento realizado de manhã pela diretora do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) de Nova Friburgo, Fátima Cristina, seis escolas municipais e a uma escola particular aderiram 100% à greve. Outras unidades educacionais tiveram adesão parcial, como a UFF e o Cefet.
Manifestantes durante o protesto da Educação, em Friburgo | Foto: Frank Martins
Principais reivindicações
Contra os cortes na Educação - O protesto critica o contingenciamento de verbas públicas do Ministério da Educação (MEC) para o ensino superior e o básico. O Governo Federal congelou 30% das verbas destinadas às universidades federais, além de ter feito cortes de bolsas de pós-graduação, impactando pesquisas científicas no Brasil.
Contra a reforma da Previdência - A paralisação também é contra a reforma da Previdência apresentada pelo governo Bolsonaro, que atualmente está tramitando na Câmara dos Deputados, que propõe para os professores um período mais longo para poder se aposentar e alíquotas mais altas de contribuição previdenciária.
A favor da autonomia na Educação - A manifestação também reivindica a liberdade de ensino e pensamento nas universidades e escolas e é contra o projeto Escola Sem Partido, cuja proposta é proibir professores de fazer comentários políticos em sala de aula.