Possível intoxicação alimentar em escola estadual de Nova Friburgo preocupa pais; Seeduc monitora o caso

Pais de alunos do Colégio Estadual Eduardo Breder, em Campo do Coelho, distrito de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, relataram uma possível intoxicação alimentar que teria atingido estudantes na quarta-feira, 19.

De acordo com os responsáveis, a situação se agravou ao longo do dia, e alguns alunos precisarem de atendimento médico.

Segundo Priscila, mãe de uma das estudantes, a direção da escola avisou que sua filha estava passando mal e solicitou a presença de um responsável:

Era umas dez e pouco da manhã, a escola me ligou falando que ela estava passando mal e que tinham outras crianças passando mal também, que poderia ser da refeição na hora do recreio ou do calor. Ela [a diretoria] relatou para mim que estava averiguando lá.

A mãe afirma que a situação se agravou e se espalhou pela escola:

O pai dela 'buscou ela' na escola. Ela estava pálida, com olheira, tremedeira, muita dor na barriga, muito vômito. Ela vomitou na escola, e outros amiguinhos também. Foi um atrás do outro, tinha criança que não conseguia andar. Fiquei sabendo que uma foi para o hospital fazer lavagem.

Priscila disse que também levou a filha ao hospital, onde foi diagnosticada com intoxicação alimentar:

Ela tomou quatro tipos de injeção e ficou um pouco de observação. O médico falou que foi intoxicação alimentar. A minha filha veio para casa, agora ela está se recuperando. Recebeu um atestado e vamos ver conforme vai ser para ela retornar amanhã, 21, para escola.

Segundo mensagens trocadas em um grupo de WhatsApp do bairro, outras pessoas da comunidade escolar afirmaram que, à tarde, o cardápio foi alterado devido ao ocorrido. Pela manhã, os alunos teriam recebido frango e à tarde, ovo:

Foi no primeiro intervalo que serviram comida estragada. No segundo intervalo, eles já tinham jogado a comida estragada fora.

Outra responsável destacou que sua filha estuda no período da tarde e não recebeu a mesma refeição servida aos alunos da manhã:

Minha filha mais nova está estudando à tarde também, ela me disse que foi arroz, batata e ovo mexido. A minha mais velha, que estuda de manhã, passou mal.

Glauciane Carreiro, mãe de um aluno, está preocupada com a situação e cobra mudanças na rotina da instituição:

Acho que o justo de agora para frente é termos acesso aos cardápios dos nossos filhos.

Patrícia, mãe de uma das alunas, afirmou que sua filha comeu a refeição e não teve nenhum problema:

A minha filha almoçou tranquilamente sem problemas, não passou mal e não notou nada de errado.

A Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (Seeduc-RJ) informou por meio de nota, que os alunos foram atendidos pelo corpo docente da unidade e confirma que houve troca do cardápio para o segundo turno:

Destes, três já retornaram às atividades na escola normalmente, nesta manhã. Na ocasião, mais de 400 refeições foram servidas sem qualquer intercorrência, incluindo para os servidores do colégio. Não foi constatada nenhuma alteração no sabor e na aparência daquela refeição. Mas por precaução, o alimento foi substituído para os demais turnos.

A secretaria afirmou que reforçará os protocolos de segurança alimentar na unidade para garantir a qualidade das refeições servidas aos alunos:

A Seeduc reitera seu rigoroso compromisso com a mais alta higiene e manuseio dos alimentos, protocolo que já está sendo reforçado em todas as unidades da região. A Seeduc segue monitorando o caso e dando a assistência necessária aos jovens.

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