Firjan vai a Brasília para apresentar propostas de fortalecimento da indústria e crescimento econômico do estado
Agilidade na construção civil, melhoria das rodovias e crescimento sustentável são alguns planos de incentivo ao desenvolvimento

O presidente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, entregou para o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, o documento produzido em 2022, ‘Propostas Firjan para um Brasil 4.0’.
Comprometida com o fortalecimento da indústria e com a retomada do crescimento econômico no Rio de Janeiro e no Brasil, a Firjan está defendendo o avanço de setores estratégicos para fortalecer a competitividade industrial e reduzir a dependência relacionada às longas cadeias globais de produção.
“A expectativa é que o novo ministério se dedique a ações nesse sentido e nos colocamos à disposição para contribuir com proposições que caminhem na direção do desenvolvimento do país”, complementou o presidente da Firjan.
Em novembro passado, a Firjan e a Prefeitura de Nova Friburgo fizeram uma parceria para o 'Licença 4.0', um projeto inédito no estado com o objetivo analisar os processos de licenciamento de obras para reduzir o tempo de tramitação.
O município é o segundo a aderir ao programa, que começou em Três Rios, e a expectativa é que seja expandido para outras regiões. A parceria foi feita na reunião do Conselho Empresarial da Firjan Centro Norte.
Estrada do Contorno
Outro tema em pauta do conselho da Firjan regional foi a construção da estrada do contorno. O assunto foi retomado entre a entidade e o Departamento de Estradas de Rodagem do Rio de Janeiro (DER-RJ). O presidente Eugenio Gouvêa ressaltou, na época, que o projeto muito relevante para o desenvolvimento de toda a região Centro Norte:
É um pleito antigo, de mais de dez anos, dos empresários da região: o projeto da Estrada do Contorno, visando desafogar Nova Friburgo do trânsito do transporte de carga.
Centro Norte do Estado
A presidente da Firjan Centro Norte Fluminense (que abrange as cidades da nossa área de cobertura na Região Serrana do Rio), Márcia Carestiato Sancho, afirmou que é necessário garantir um ambiente de negócios mais favorável e seguro, especialmente aos micro e pequenos empresários.
De acordo com Marcia Carestiato, isso será possível através da criação de um Fundo Garantidor da Indústria Fluminense e ampliação de acesso ao crédito pelo BNDES, além do desenvolvimento dos setores estratégicos, para fortalecer a competitividade industrial. E também:
Reduzir o risco da dependência em relação às longas cadeias globais, em particular a agroindústria e os responsáveis por insumos-base da produção industrial do Estado do Rio de Janeiro.
Além disso, como ressaltou a presidente da Firjan regional, é importante reforçar a inclusão de melhorias em rodovias estratégicas para a logística de produção, fundamentais para a competitividade das indústrias.
Essa é apenas uma pequena parte da contribuição da Firjan, elaborada pelo empresariado fluminense para elevar a produtividade da economia do estado. A Indústria 4.0 precisa de um Rio de Janeiro 4.0.
Leste do Estado
Para as cidades da Região dos Lagos do Rio, a Firjan Leste destaca a incorporação das melhores práticas de gestão na atividade industrial, como um importante fator para acelerar o desenvolvimento sustentável no Rio de Janeiro.
Por isso, as indústrias já estão adotando novos modelos de negócio, com foco na eficiência energética, energia renovável, inovação e tecnologias de baixo carbono.
No que se refere ao reúso de resíduos sólidos, a Firjan já apontou em 2021 (no Mapeamento dos Fluxos de Recicláveis Pós-Consumo) que a prática pode resultar em ganhos para o estado.
De acordo com um estudo, a região Leste Fluminense enviou para aterro 481,2 mil toneladas de resíduos que poderiam seguir para a reciclagem, o equivalente a R$ 211,4 milhões em materiais.
Ainda de acordo com o documento, o volume coletado seletivamente na região é de 0,2% do total de resíduos sólidos urbanos coletados, resultado inferior à média do estado.
Assim, é necessário o incentivo às empresas para que adotem uma gestão adequada dos resíduos; o estabelecimento de alternativas para a criação de oportunidades de geração e comercialização de créditos de carbono; e o fortalecimento da rede de coleta, para a destinação e recuperação de resíduos.
Na agenda da federação para os próximos anos, o compromisso é pela defesa permanente por um ambiente cada vez mais favorável aos negócios, contribuindo para a atração e a retenção de empresas.
Na logística, a articulação é, por exemplo, pela operacionalidade do Porto do Forno, em Arraial do Cabo, e pela conclusão do Arco Metropolitano entre Magé e Itaboraí.
Conheça as Propostas:
O estudo da Firjan aponta que esse aumento de produtividade pode gerar crescimento de US$ 1,040 trilhão do PIB brasileiro nos próximos cinco anos.
Com esse crescimento - de US$ 1,804 trilhão para US$ 2,821 trilhões correntes – o país pode subir da 12ª para a 8ª posição no ranking das maiores economias do mundo até 2027.
O documento foi elaborado pelo Grupo de Trabalho de Política Industrial, composto por industriais de diversos setores e regiões do Estado do Rio de Janeiro.
Foram ouvidos 600 empresários fluminenses, integrantes dos diversos Conselhos Empresariais e Conselhos Regionais da federação, que contribuíram ao oferecer posicionamentos-chave a respeito de fatores críticos à elevação da competividade empresarial e à promoção do crescimento econômico.
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