Primeiro debate do segundo turno entre os presidenciáveis é marcado por troca de acusações

Há pouco menos de duas semanas do segundo turno para as eleições que vão definir quem irá governar o país pelos próximos quatro anos, os candidatos Jair Messias Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se enfrentaram novamente no primeiro debate do segundo turno, realizado pelo Grupo Bandeirantes, no último domingo, dia 16.

O debate rendeu 11,8 pontos de audiência à emissora, segundo dados prévios, obtidos em tempo real. Com essa marca, a Band ficou em 2º lugar em audiência no principal mercado televisivo do país.

Uma parceria com o Google e YouTube foi firmada no intuito de ajudar a ampliar o alcance do programa nas redes.

Já no primeiro bloco, os candidatos tiveram um minuto e meio para responder a uma pergunta feita por um dos mediadores do debate. Bolsonaro foi o primeiro a responder, de acordo com sorteio realizado previamente.

Na sequência, aconteceu o primeiro confronto direto entre Lula (PT) e Bolsonaro (PL). Cada um teve 15 minutos para administrar entre perguntas, repostas, réplicas e tréplicas.

Foram abordados temas como construção de universidades, dívidas relacionadas a financiamento estudantil, negligência em relação às vítimas de Covid-19, atraso na compra das vacinas, assassinato de policiais em São Paulo, construção de presídios e obras do Rio São Francisco.

O candidato Lula (PT) usou boa parte de seu tempo para falar sobre erros do governo de seu adversário Jair Bolsonaro (PL) durante a pandemia.

Comparou realizações de seu governo com o atual, interrompeu Bolsonaro pelo menos duas vezes e rebateu acusações com outras, como a sugestão de que o presidente poderia saber quem mandou matar a vereadora Marielle Franco (PSOL) no Rio de Janeiro.

O momento foi marcado por tensão e troca de farpas.

No segundo bloco, os jornalistas do ‘pool’ formado pelo Grupo Bandeirantes e todos os seus veículos (os canais Band, BandNews TV, Agromais, Empreender e Terraviva, as rádios Bandeirantes e BandNews FM, além da TV Cultura, Folha de São Paulo e Uol) fizeram perguntas para os candidatos.

Eles foram questionados a respeito da proposta do Congresso Nacional para alterar a estrutura do Supremo Tribunal Federal (STF), Auxílio Brasil e Bolsa Família, privatização de estatais e compra de apoio.

No terceiro bloco, Lula (PT) e Bolsonaro (PL) responderam a uma mesma pergunta sobre o déficit educacional na pandemia. Depois, voltaram ao confronto direto e usaram a maior parte do tempo para trocar acusações sobre corrupção.

Demonstrando nervosismo, os candidatos se aproximaram mais durante as respostas e Bolsonaro (PL) chegou a tocar no ombro de Lula (PT), que se esquivou.

Lula (PT) usou quase todo o tempo e Bolsonaro (PL) falou por mais de cinco minutos sem interrupção —e repetiu temas que usa em ‘lives’, como as críticas à Venezuela.

Os candidatos também falaram sobre dívida da Petrobras, polo petroquímico, sigilo de informações, Forças Armadas, aumento real do salário mínimo, produção automobilística, guerra internacional, desmatamento da Amazônia, agronegócio e reajuste salarial dos professores.

Após o término, Lula (PT) obteve um minuto de direito de resposta. Bolsonaro (PL) teve dois pedidos de resposta negados.

Por fim, nas considerações finais, Bolsonaro (PL) disse que quer lutar por um país livre, onde haja liberdade de expressão, contra as drogas, em respeito à vida e às religiões.

Lula (PT), por sua vez, afirmou ser uma inverdade seu adversário falar que luta por liberdade religiosa, já que quem criou a lei que visa garantir a liberdade religiosa foi ele. E disse ainda que seu objetivo é governar democraticamente.

Confira na íntegra todo o debate desse domingo.

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