Trocas de acusações marcam último debate para governador do RJ

Quatro candidatos ao Governo do Estado do Rio de Janeiro estiveram frente a frente nessa terça-feira, 27, no último debate televisivo antes do 1° turno das eleições, que acontece no próximo domingo. As cidades de Nova Friburgo e Teresópolis, na Região Serrana, foram citadas durante o encontro.

O evento, promovido pela TV Globo, foi marcado por inúmeras trocas de acusações entre os postulantes ao cargo de governador. Os mais atacados, foram Cláudio Castro (PL) e Marcelo Freixo (PSB), que atualmente lideram as pesquisas de intenção de voto.

Dentre os temas citados pelos participantes, alguns receberam atenção maior, como: corrupção, desemprego, educação e segurança. As repetidas citações aos candidatos à presidência: Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), também chamaram a atenção.

Da esquerda para a direita: Cláudio Castro, Marcelo Freixo, Rodrigo Neves e Paulo Ganime | Foto: Reprodução/TV Globo

O debate foi dividido em quatro blocos. De acordo com as regras definidas pela emissora, o primeiro e o terceiro tiveram temas livres, enquanto no segundo e no quarto, os temas foram determinados, fechando com as considerações finais de cada candidato.

A emissora seguiu a Lei Eleitoral, e convidou candidatos de partidos com representação no Congresso Nacional de, no mínimo, cinco parlamentares, e sem impedimento na Justiça, seja eleitoral ou comum.

Primeiro bloco

O debate foi aberto pelo atual governador do estado, Cláudio Castro, que direcionou sua pergunta ao candidato, Rodrigo Neves, falando sobre o tema ‘emprego’. Logo em seguida, Neves questionou Marcelo Freixo sobre apoio de banqueiros na campanha. Por sua vez, Freixo fez dobradinha com Paulo Ganime para falar sobre suposta corrupção no governo de Castro. O bloco foi encerrado com Ganime perguntando sobre corrupção a Cláudio Castro.

Segundo bloco

Com temas determinados por meio de sorteio, os candidatos tiveram que debater assuntos pertinentes à população, na segunda parte. Sob o tema ‘corrupção’, Ganime mais uma vez chamou Castro. Depois foi a vez de Castro chamar Neves para falar sobre desemprego. Quando o assunto sorteado foi recuperação fiscal, Neves perguntou a Freixo. Na hora de falar sobre meio ambiente, Freixo fez dobradinha com Ganime.

Terceiro bloco

Na terceira parte do encontro, novos temas entraram em pauta, como: educação e transporte. Sob o tema transporte, o candidato Rodrigo Neves falou a respeito das condições da RJ-116, que liga Cachoeiras de Macacu a Nova Friburgo. Já Cláudio Castro, aproveitou para falar das obras que vem sendo realizadas na RJ-130, via que liga Friburgo a Teresópolis. Em contrapartida, Freixo e Ganime debateram sobre educação.

Quarto bloco

O último ato do debate foi marcado por mais acusações e ataques por parte de todos os candidatos. Em um momento, Castro e Freixo protagonizaram uma discussão calorosa em seguidos pedidos de direito de resposta. Novamente alguns temas foram sorteados e, dessa vez, assuntos como: milícia, presídios e jovens estiveram em destaque. Após mais uma rodada de perguntas e respostas, os candidatos fizeram suas considerações finais.

Considerações finais

“Eleitor, essa reta final, momento decisivo para você escolher o seu voto. Eu nasci com deficiência física, mas não com deficiência de moral, de caráter, que a gente vê aqui hoje em vários desses candidatos. Eu quero muito mudar o Rio de Janeiro... Eu estou cansado de ver tanta promessa e tantas histórias mentirosas desses que estão governando o Rio de Janeiro nas últimas décadas. Todos que estão aqui estão ligados de alguma forma a esses grupos políticos. Eles defendem presos, já foram presos ou estão ligados diretamente com presos ou até mesmo vão ser presos muito em breve”, ressaltou Ganime.

“Quero agradecer fundamentalmente a você, que está em casa até esta hora, assistindo esse debate para decidir o seu voto. Quero agradecer a minha família — sem ela, eu não estaria aqui até agora. A minha mulher, Antônia, aos meus filhos, João, Izadora, aos filhos que a vida me deu, o Lourenço e Iolanda, agradecer meu irmão, Guilherme, e a minha mãe, essa figura tão extraordinária, Dona Lenice, que foi minha primeira aluna... E é assim que eu quero governar o Rio, com um gesto de amor, de cuidado às pessoas... A minha vida foi marcada por trabalho e honestidade. Quem trabalha e é honesto tem que crescer na vida”, concluiu Freixo.

“No domingo é eleição para governador, gente. O Rio vive a pior crise da sua história. As famílias estão sofrendo com o desemprego, com descaso com a saúde, com abandono da educação, com a insegurança nas ruas e até com a fome... Eu quero dizer a vocês que aos 36 anos eu fui eleito prefeito da minha cidade, que sofria uma grave crise em 2012. Eu fui reeleito, elegi meu sucessor e saí da Prefeitura de Niterói com mais de 80% de aprovação e fazendo de Niterói, e com a população de Niterói, a melhor cidade em qualidade de vida. É essa boa gestão que eu quero levar para o estado, para levar qualidade de vida para o nosso povo”, destacou Neves.

“Quero agradecer a Analine, minha esposa, e que tem sido meu suporte e minha parceira nesses dois anos à frente; quero agradecer ao João e a Duda, que tantas vezes ligaram para mim com saudade do papai. Mas eu digo, crianças, vocês vão ver que no futuro valeu a pena. Eu coloquei as contas em dia. Eu tive as contas aprovadas pelo Tribunal de Contas. Tudo o que todo mundo diz que vai fazer aqui é porque eu botei a casa em ordem. E essa casa em ordem que eu queria continuar investindo para você. Você que é do interior, está vendo as obras. Eu estou sendo abraçado pelo estado inteiro, porque o investimento voltou”, finalizou Castro.

Além de Castro, Freixo, Ganime e Neves, o Rio tem outros cinco candidatos ao governo, são eles: Cyro Garcia (PSTU), Eduardo Serra (PCB), Juliete Pantoja (UP), Luiz Eugênio (PCO) e Wilson Witzel (PMB).

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