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PF realiza operação contra organização criminosa que divulgava fake news de candidatos a prefeito em Cabo Frio e Araruama

Segundo a Polícia Federal, mais de dez municípios do estado tinham o esquema em funcionamento; quatro pessoas foram presas

Por Kessia Coutinho
Com informações da Polícia Federal
13/09/24 - 16:13
PF realiza operação contra organização criminosa que divulgava fake news de candidatos a prefeito em Cabo Frio e Araruama Operação Teatro Invisível da Polícia Federal aconteceu nessa quinta-feira, 13 | Foto: Reprodução/Polícia Federal

A Polícia Federal (PF) divulgou o balanço da Operação Teatro Invisível, realizada no estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa voltada para a propagação de notícias falsas sobre determinados candidatos em campanhas eleitorais para o cargo de prefeito em mais de dez municípios fluminenses.

Apesar da maior parte dos membros atuar e residir no município de São João de Meriti, na Região Metropolitana, ficou comprovado que o esquema criminoso foi contratado e expandido para pelo menos outras dez cidades do estado, incluindo Cabo Frio e Araruama, na Região dos Lagos, área de cobertura do Portal Multiplix.

Além das três cidades citadas acima, Paraty, Mangaratiba, Guapimirim, Carapebus, Paracambi, Itatiaia, Itaguaí, Miguel Pereira, Belford Roxo e Saquarema também foram alvos da ação.

De acordo com a PF, quatro mandados de prisão preventiva e 15 de busca e apreensão foram expedidos pelo Juízo da 8ª Zona Eleitoral do Estado do Rio de Janeiro. Além disso, também foi determinado o bloqueio judicial de bens dos investigados, no valor total de R$ 1 milhão para cada um.

Os mandados foram cumpridos e os quatro presos em São João de Meriti. Celulares, dispositivos eletrônicos, mídias de armazenamento, documentos, três veículos de luxo blindados e R$ 188.300 em espécie foram apreendidos.

Entre as apreensões estão dinheiro em espécie e carros de luxo blindadosEntre as apreensões estão dinheiro em espécie e carros de luxo blindados | Foto: Reprodução/Polícia Federal

Segundo informações da Polícia Federal, as investigações revelaram que a organização criminosa, por meio de seus líderes, que já chegaram a ocupar funções públicas em diversas cidades do estado do Rio de Janeiro, desenvolveu um sofisticado e lucrativo esquema baseado na contratação de pessoas com o objetivo de influenciar no processo eleitoral de diferentes municípios:

Tais contratados, após receberem as instruções dos coordenadores acerca da propagação de notícias falsas sobre um determinado candidato à prefeitura municipal, passavam a circular diariamente pelo município alvo, infiltrando-se em locais com aglomerações de pessoas como pontos de ônibus, padarias, filas de bancos, bares e mercados, difundindo aos eleitores falsas afirmações sobre um determinado postulante ao cargo de prefeito, no intuito de beneficiar o candidato para o qual o serviço criminoso fora contratado.

A apuração da PF descobriu que "os atores contratados, propagadores das informações falsas recebiam R$ 2 mil por mês para exercer tal função". As investigações ainda apontaram que os coordenadores da organização criminosa recebiam dos líderes "a quantia mensal de R$ 5 mil, além de serem contratados pela própria prefeitura municipal".

De acordo com a polícia, no ano eleitoral, "quando o esquema entrava em vigor", esses coordenadores "eram exonerados de seus cargos e substituídos por 'laranjas' – possíveis funcionários fantasmas –, a fim de manter o 'direito' sobre eles".

Eram emitidos relatórios diários das atividades, para verificação de resultados e planejamentos, com a especificação da quantidade de eleitores abordados por dia, número de votantes em cada candidato e o total de eleitores convertidos para o candidato que era beneficiado com o esquema criminoso.

Os envolvidos são investigados por organização criminosa, desvio de funcionários públicos para a atuação no grupo criminoso, utilização de 'laranjas' para burlar incompatibilidades com o exercício da função pública, lavagem de dinheiro, constrangimento ilegal de servidores (assédio eleitoral), bem como os tipos penais ligados à difusão de notícias falsas e/ou desinformação, previstos no Código Eleitoral.

A investigação foi conduzida pela Divisão de Repressão a Crimes Eleitorais (DRCE) e pela PF no Rio de Janeiro, contando ainda com o apoio do Ministério Público Eleitoral.

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