Bolão, um esporte mais que friburguense
Prática ancestral chegou com a colonização europeia e virou tradição
Dos esportes tradicionais praticados pelas bandas do Morro Queimado, o bolão certamente é um dos mais antigos. Espécie primitiva de boliche, de origem germânica, onde recebeu o nome de Kegeln, o bolão é composto por uma pista de madeira, bolas de arremesso feitas de madeira ou resina e nove pinos de plástico ou madeira. O objetivo do jogador é arremessar as bolas na pista e acertar o maior número possível de pinos, possuindo variações de estilo de jogadas.
Um dos tipos de jogos mais antigos da história da humanidade – escavações em sítios arqueológicos egípcios detectaram sinais de um jogo de bolão ancestral, há cerca de 3.500 anos –, o bolão é um legado das colonizações suíça e alemã em Nova Friburgo, amplamente difundido pelo Nova Friburgo Country Clube e a Sociedade Esportiva Friburguense, desde a década de 50.
Os equipamentos e a estrutura para a prática do esporte exigem alto investimento, reforçado pelos custos de manutenção. Isso dificulta a popularização do esporte, mas não impede que Nova Friburgo seja uma das poucas cidades no Brasil a ter duas pistas em condições, inclusive, de receber eventos oficiais.
Apesar de amador, o bolão exige uma dedicação mais que profissional: o desgaste físico é grande, demanda muita preparação e a concentração é intensa. Não proporciona benefícios físicos diretamente, e os praticantes geralmente mantêm uma outra modalidade esportiva, como caminhada ou corrida, a fim de adquirir a resistência física de que precisa.