Grupo de Cantagalo participa da homenagem a Euclides da Cunha na Flip
Escritor cantagalense foi o homenageado da Feira Literária de Paraty no ano em que completa 110 anos de morte
A cidade de Cantagalo, na Região Serrana do Rio de Janeiro, foi lembrada entre os dias 10 e 14 de julho, em um dos maiores eventos literários do Brasil. Isso porque o principal homenageado da Feira Literária Internacional de Paraty (Flip), na Costa Verde do Rio, foi o autor cantagalense Euclides da Cunha.
Durante a feira literária, com eventos espalhados em diferentes estabelecimentos de Paraty, aconteceram mesas redondas e debates, principalmente sobre assuntos que envolviam o autor homenageado da edição. Estiveram presentes familiares de Euclides, professores e escritores da terra natal do escritor.
O presidente do Grupo Euclidiano de Atividades Culturais de Cantagalo (Geac), Alex Vieitas, participou da homenagem e destaca o papel de Euclides da Cunha para a literatura brasileira.
“Além da literatura com suas obras, com destaque para ‘Os Sertões’, Euclides foi poeta, professor, engenheiro e trabalhou no Ministério das Relações Exteriores, onde tratou da questão de fronteiras do Brasil. Se o Acre pertence ao Brasil hoje, por exemplo, devemos agradecer a Euclides da Cunha. Além disso, ele também é considerado o primeiro ecólogo do Brasil, primeira pessoa a falar de ecologia”, afirma.
O presidente do grupo completa dizendo que as programações em homenagem aos 110 anos de morte do autor ainda não acabaram.
“Estamos agora nos preparando para outro evento importante relacionado a Euclides da Cunha: a Semana Euclidiana de São José do Rio Pardo, cidade paulista onde Euclides escreveu Os Sertões.”
Sobre Os Sertões
‘Os Sertões’, principal obra de Euclides da Cunha como escritor, foi publicado em 1902, e falava sobre a Guerra de Canudos, que aconteceu no interior do estado da Bahia, em 1896. Em sua publicação, a obra foi dividida em três partes: A Terra, em que foi apresentado o estado de calamidade em que se encontrava a seca no sertão; O Homem, espaço em que Euclides traduziu o perfil do sertanejo e seus costumes; e A Luta, em que foi apresentado o conflito e seu impacto na realidade de vida daquela população.