Número de casos de dengue avança em Nova Friburgo; Sec. de Saúde dá orientações sobre a doença
Agentes estão realizando visitas domiciliares com ações de orientações e controle do transmissor da doença

Os casos de dengue aumentaram consideravelmente em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio. Esse ano, já foram registrados 109 casos. O crescimento é grande, se comparado com os dados do ano passado, quando foram registrados quatro casos.
Também houve um aumento de casos de chikungunya: não houve registro ano passado, enquanto nos últimos meses quatro casos foram confirmados. Os dados foram atualizados nesta semana pela Secretaria Municipal de Saúde.
Já a Secretaria de Estado de Saúde (SES) divulgou um balanço dos casos registrados neste ano nas áreas de cobertura do Portal Multiplix:
- Região Serrana - 394
- Região dos Lagos - 628
A SES, através da Subsecretaria de Vigilância e Atenção Primária à Saúde (Subvaps), informou também que não houve registro de óbito. No mesmo período do ano passado, ocorreram 19 casos de dengue na Região Serrana e 304 na Baixada Litorânea, com a ocorrência de um óbito na última região.
Até o momento, em todas as nove regiões administrativas do estado, a SES registrou 10.471 de dengue e 14 mortes pela doença.
Combate à doença em Friburgo
A Secretaria Municipal de Saúde de Nova Friburgo orienta que, para evitar o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, a população é o principal agente para a prevenção das arboviroses.
Os profissionais da Subsecretaria de Vigilância em Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde, estão fazendo visitas domiciliares com ações de orientações e controle do transmissor da dengue.
Milhares de imóveis já foram inspecionados pelos agentes de endemias em diversos bairros e distritos do município. Os agentes de endemias ainda instalaram 37 ovitrampas (armadilhas que simulam o ambiente perfeito para o mosquito).
A Secretaria Municipal de Saúde reforça ainda que conta com o apoio de todos os moradores. As dicas para o combate as arboviroses são: deixar a caixa d'água fechada, preencher os pratos das plantas com areia, limpar as calhas, deixar as lixeiras e ralos tampados e recolher o lixo do quintal.
A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) destaca alguns pontos sobre a doença:
É transmitida pela picada de um mosquito infectado com um dos quatro sorotipos do vírus da dengue.
É uma doença febril que afeta bebês, crianças e adultos. A infecção pode ser assintomática ou pode apresentar sintomas que variam de febre baixa a febre alta incapacitante, com forte dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores musculares e nas articulações e erupções cutâneas. A doença pode progredir para dengue grave, caracterizada por choque, falta de ar, sangramento intenso e/ou complicações graves nos órgãos.
Não existe um medicamento específico para tratar a dengue.
A doença tem um padrão sazonal: a maioria dos casos no hemisfério sul ocorre na primeira parte do ano e a maioria dos casos no hemisfério norte ocorre na segunda metade.
A prevenção e o controle da dengue devem ser intersetoriais e envolver a família e a comunidade.
O Ministério da Saúde produziu esse ano um manual de orientação técnica sobre a dengue, abrangendo aspectos epidemiológicos, diagnósticos e terapêuticos.
Também será lançado um Protocolo de Condutas para Diagnóstico e Tratamento, com a participação e o apoio do Conselho Federal de Medicina e da Associação Médica Brasileira. O documento busca unificar as condutas médicas e as informações sobre suspeitas e confirmações de casos de dengue.
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