Com apenas 16% da população vacinada com a bivalente, internações e casos de Covid sobem no RJ

O novo Boletim de Monitoramento de Dados Precoces da Covid-19, da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ), mostra um dado preocupante com relação à doença em todo estado. A baixa procura pela vacinação pode ser a causa do aumento no número de pessoas infectadas com a nova variante da Covid-19.

O levantamento de dados foi feito pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância da Secretaria de Estado de Saúde (Cievs/SES-RJ), a partir da ‘Semana Epidemiológica 30’, que corresponde ao período de 23 a 29 de julho.

No monitoramento diário realizado ao longo das últimas sete semanas, foram identificados os seguintes aumentos:

• Aumento da positividade nos testes rápidos e em laboratório;

• Crescimento do número de internações de idosos (sem aumento de óbitos);

• Aumento do número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA).

Na semana 30 (de 23/07 a 29/07), a positividade em testes de antígeno (rápido) estava em 2,5% e em testes PCR (laboratório) era de 3%.

Já na semana 33 (de 13/08 a 19/08), a positividade em antígeno era 6,1% e em PCR era 23%.

Na semana 36 (03/09 a 09/09), esse número subiu ainda mais e a positividade em testes de antígeno chegou a 18%, e em testes PCR foi de 36%.

Segundo a SES, a quantidade de idosos com SRAG subiu de 254 casos em julho para 675 casos em agosto.

Em julho, foram 57 internações e 14 óbitos de idosos, já em agosto, 74 internações e 5 óbitos.

Nova variante e vacinação

A confirmação do primeiro caso da subvariante Ômicron EG.5.1.3, conhecida como Éris, foi notificado ao Centro de Informações Estratégicas de Vigilância da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (CIEVS/SES-RJ) no dia 29 de agosto, após a confirmação feita pela Fiocruz.

Dois dias depois, no dia 31 do mesmo mês, mais dois casos da nova subvariante foram registrados na cidade do Rio de Janeiro, após análise do Laboratório de Virologia Molecular/UFRJ.

A subsecretária de Vigilância e Atenção Primária à Saúde, Claudia Mello, destaca que a primeira paciente com a amostra confirmada da nova variante apresentou os sintomas iniciais da infecção no dia 20 de julho e reforça a necessidade de que todos completem o calendário vacinal:

Reforçamos que a melhor medida para frear o avanço da transmissão do coronavírus, independentemente da variante, é a atualização do esquema vacinal. Principalmente para os idosos.

Segundo os dados da SES, no Estado do Rio de janeiro, apenas 16% da população acima de 18 anos tomaram a dose da vacina bivalente contra a Covid-19.

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