Entenda como vai funcionar o autoteste para Covid-19 e para quem é indicado
Anvisa liberou a venda e o uso desse tipo de exame, que pode ser feito em casa
A venda e o uso dos autotestes de antígeno para Covid-19 no Brasil estão liberados desde a última semana. A diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a resolução que estabeleceu os requisitos e os procedimentos para a solicitação de registro, distribuição, comercialização e utilização desses testes.
Para entender os detalhes de como eles funcionarão, a reportagem do Portal Multiplix consultou a agência e o Ministério da Saúde.
Segundo definição da Anvisa, no autoteste, “o cidadão realiza todas as etapas da testagem, desde a coleta da amostra até a interpretação do resultado, sem a necessidade de auxílio profissional, seguindo atentamente as informações das instruções de uso”.
Autotestes poderão ser vendidos no Brasil, mas fabricantes ainda precisam registrar os produtos na Anvisa | Foto: Banco de Imagem
A venda em farmácias ou em estabelecimentos licenciados para comercializar dispositivos médicos poderá ocorrer assim que existam autotestes com registro aprovado no Brasil, de acordo com a agência. Por enquanto, há um pedido de registro, que entrou em análise.
Autotestes vão servir como triagem
Os autotestes do coronavírus não terão laudo, apenas resultado, o que os tornam exames de triagem. Dessa forma, segundo a Anvisa, os resultados, se negativo ou positivo, não precisarão ser notificados ao Ministério da Saúde.
A disponibilização de um sistema para que a própria pessoa informe se testou positivo ou negativo é facultativa ao fabricante do exame. O Ministério da Saúde recomenda que esse serviço ocorra por meio de leitura de QRCode impresso na embalagem, que direcione a um formulário de registro do teste.
Ainda assim, a orientação do Ministério da Saúde é para que as pessoas que testarem positivo busquem uma unidade de saúde, onde serão avaliadas por profissionais, que poderão confirmar o diagnóstico e realizar a notificação do caso nos sistemas oficiais do SUS.
Para quem é indicado
Os autotestes podem ser comprados e usados, em casa ou outro local, por qualquer pessoa com sintomas ou assintomática, segundo o Ministério da Saúde.
Segundo o Plano Nacional de Expansão da Testagem, um dos objetivos com a liberação dos autotestes, é permitir que pessoas assintomáticas, pré-sintomáticas ou apenas com sintomas leves, que podem estar transmitindo o vírus sem saber, consigam identificar a contaminação de forma precoce.
Sendo assim, o indivíduo pode iniciar o isolamento social, quebrando a cadeia de transmissão.
Período para fazer o teste
Ainda de acordo com as regras do Ministério da Saúde, o melhor momento para a realização dos autotestes deve ser colocado nas bulas pelos fabricantes.
A recomendação é para que o autoteste seja feito no período que vai do 1º ao 7º dia do início dos sintomas. No caso dos assintomáticos, o exame deve ser feito a partir do 5º dia do contato com pessoa que testou positivo para Covid-19.
O cidadão poderá acompanhar a lista com todos os autotestes que forem aprovados pela Anvisa por meio deste painel disponibilizado pela Anvisa.
Países como Estados Unidos promovem a distribuição gratuita dos autotestes | Foto: Banco de Imagem
Nos Estados Unidos e na Europa, o uso de autotestes já é uma realidade há mais de um ano, e uma estratégia de contenção da circulação do coronavírus.
Recentemente, o governo de Joe Biden anunciou a distribuição gratuita de mais de 1 bilhão de autotestes para os americanos fazerem em casa. No Brasil, entretanto, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, revelou no fim de janeiro que não pretende comprar autotestes para distribuição gratuita.
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