Sexta-feira 13! Bruxa de Nova Friburgo fala das superstições que envolvem a data
Dia está cercado por mitos e crenças que despertam medo em muitas pessoas

O mês de agosto reserva a única sexta-feira 13 deste ano. A data é cercada de superstições e temida por muitas pessoas. Mas o que fazer e como se proteger das supostas energias “ruins” deste dia?
Antes de responder à questão, vale contextualizar uma das possíveis origens da data, que pode estar ligada à mitologia nórdica.
Na lenda, 12 deuses foram convidados para um banquete. Durante a festa, Loki, o deus da trapaça, que não fora convidado, apareceu. Quando os 13 deuses se reuniram, um conflito levou à morte de Baldur, filho de Odin e Freya, os principais deuses vikings.
Sem o filho, histórias indicam que Freya, deusa do amor, da união e do destino, como punição aos humanos que a transformaram em bruxa, se reúne todas as sextas-feiras 13 com outras 11 bruxas e um demônio, a fim de rogar pragas na raça humana.
“Eu não creio em bruxas, mas que elas existem, existem”, ironiza a bruxa e taróloga de Nova Friburgo, Nivea Semprini, ao falar das crendices que envolvem a sexta-feira 13. “Tem a superstição de não passar embaixo da escada. Eu não passo nunca, pois ela pode cair em cima de mim”, brinca.
Nivea afirma que é muito procurada neste dia, pois as pessoas querem proteção e saber o que pode ocorrer com elas.
A taróloga conta ainda que apesar de a sexta-feira 13 não significar mau agouro, não faz mal pedir proteção aos santos e orixás, seguindo sua própria fé.
Se você é católico, pode acender uma vela para seu anjo da guarda. Se for da umbanda, pode ir tomar um passe. Toda proteção, em qualquer dia, é bem-vinda.
Outra dica de proteção da bruxa é utilizar a pedra de turmalina negra no bolso ou em um cordão. Ou usar a medalhinha de algum santo, no caso do catolicismo.
Nivea Semprini alerta que gatos pretos não fazem mal algum aos humanos | Foto: Arquivo Pessoal/Nivea Semprini
Superstições
Outra superstição deste dia envolve os gatos pretos, famosos em filmes de terror e muitas vezes associados ao azar, mas que não fazem mal aos humanos.
“Eu tenho quatro gatos pretos e na sexta-feira 13, eu os tranco em casa, porque tem louco que acredita nestas coisas e pode fazer mal aos bichanos”, revela.
Esta teoria pode ter origem na Idade Média, quando existia a crença de que esses gatos, por seus hábitos noturnos e a cor negra (na época, associada às trevas e à magia) eram bruxas que haviam sido transformadas em animais.
Número da sorte
Apesar de toda a mística da sexta-feira 13, para Nivea e muitas outras pessoas, o número 13 traz sorte.
“Eu sempre aposto na loteria e jogo o número 13. Ele não me traz azar não”, afirma a bruxa.
Uma personalidade que tem o 13 como número da sorte e completou 90 anos nesta semana é Zagallo, tetracampeão mundial como treinador, coordenador e jogador da seleção brasileira de futebol.
Outras crenças sobre a data
Além da tradição nórdica, o número 13 aparece em outras religiões e culturas. Um exemplo disso está no cristianismo.
A Última Ceia de Jesus Cristo, retratada pelo pintor Leonardo da Vinci por volta do século 15, aconteceu numa quinta-feira. Na mesa, 13 pessoas estavam presentes, entre elas, Judas, o traidor. O filho de Deus seria crucificado no dia seguinte, uma sexta-feira.
Além disso, o 13º capítulo do Livro do Apocalipse, na Bíblia, retrata o fim do mundo.
No tarô, 13 é a carta da morte. Na América do Norte, as superstições em torno do número 13 atingiram uma proporção que, em alguns prédios comerciais, o andar de número 13 não existe.
“Nos Estados Unidos, ocorreu caça às bruxas, além do pavor que eles possuem do número”, contextualiza Nivea.
Para reforçar, o medo em torno do número ajudou a criar a saga de filmes Sexta-Feira 13, inspirada na vida do assassino em série Jason Voorhees. Na história, Jason teria nascido à meia-noite de uma Sexta-Feira 13.
Portanto, com medo ou não, nunca é demais pedir proteção nesta sexta.
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