Friburguense: clube começa a temporada de 2019 marcado por incertezas
Tricolor da Serra vive período de indefinições enquanto busca recursos com empresários locais
Incertezas e indefinições permeiam o ano de 2019 do Friburguense. Sem disputar um jogo oficial desde setembro, o clube serrano tenta buscar patrocínios e recursos para remontar o elenco profissional e disputar a Série B do estadual, a partir de maio, com chances de alcançar o principal objetivo do clube neste ano: voltar à elite do futebol carioca.
O diretor de futebol do Tricolor da Serra, José Eduardo Siqueira, explicou que o planejamento do clube está parado em razão da espera do retorno da Série B do Carioca e os problemas do calendário brasileiro. O clube, ainda sem previsão de voltar aos treinos e sem jogador no elenco, deverá disputar a segundona a partir de maio e, em seguida, buscar o título da Copa Rio.
“O nosso planejamento está totalmente parado pois estamos esperando o retorno da Série B, possivelmente em maio, para voltar à rotina de treinos e jogos. O que fizemos em 2018, o grupo que montamos, foi praticamente desfeito e vários jogadores estão em clubes da Série A. Teremos que reformular nossa equipe. Tivemos quatro jogadores indo para o Resende, dois que foram emprestados pelo clube e outros dois que tiveram o contrato encerrado conosco e foram para lá (Walace, Dieguinho, Vitinho e Luiz Felipe), além do Jorge Luiz, que foi para o Volta Redonda, e de três jogadores que estão atuando no Americano (Murilo, Dedé e Ricardinho). O único com contrato com o clube é o Ricardinho.”, detalha.
“A Lei Pelé me obriga a contratar um atleta por dez meses, mas como fazer este contrato, se a gente joga por cinco meses. O calendário atual do futebol brasileiro prejudica muito os clubes pequenos, pois, antigamente, existia uma Série C em que times das duas principais divisões estaduais poderiam participar e agora limitaram o número de clubes da Série D. Além disso, a segunda divisão do Carioca começa depois da Série A e nos deixa com este hiato na temporada.”, declara.
Sem patrocinador desde a saída de uma empresa local, que estampava sua marca no principal espaço da camisa do clube, Siqueira comentou sobre o encontro realizado entre a Prefeitura, dirigentes do Friburguense e empresários da cidade para captar recursos através da Lei de Incentivo ao Esporte. A legislação estadual permite que empresas tributadas pelo Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) possam disponibilizar até 4% do imposto devido ao estado para projetos esportivos.
“Eu tenho um amigo que possui uma facilidade para captar esses recursos através desta lei e apresentamos este projeto aos empresários e ao poder público. Precisamos de uma empresa que consiga captar esses recursos e mostrar que o Friburguense possui todas as Certidões Negativas de Débito (CND) e que as empresas que ajudarem não irão sofrer uma fiscalização maior. Chegou a hora do Friburguense procurar os empresários e pedir ajuda, mostrando a importância para a cidade de ter um clube cada vez mais fortalecido.”, afirma.
Ele ainda destacou que pretende realizar um trabalho visado resultados a longo prazo com o programa de sócio-torcedor do clube.
“Vender um produto como a Série B é complicado, então acredito que devemos, além dos empresários, buscar conscientizar os torcedores da importância do nosso projeto de sócio-torcedor para que os torcedores nos ajudem a gerar receita para o clube.”, conclui Siqueira.
No ano passado, o Friburguense ficou na sexta posição da Série B e chegou à semifinal da Copa Rio revelando nomes como o atacante Lohan, que irá disputar a Série A do Brasileiro pelo CSA, de Alagoas.