Estudo do IBGE mostra cidades que possuem mais pessoas em áreas de risco
Amostra pretende evitar tragédias climáticas
Cruzando dados do Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010 com um mapeamento de áreas de risco realizado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), os dois órgãos divulgaram na última quinta-feira, dia 28 de junho, o estudo População em Área de Risco no Brasil, que servirá para nortear ações que ajudará a salvar vidas em áreas de risco.
Resultado de um acordo de cooperação técnica assinado em 2013 entre as duas entidades, o estudo faz parte do esforço de se evitar tragédias como a ocorrida em janeiro de 2011 e que resultou na morte de mais de 900 pessoas, afetou mais de 300 mil moradores da região serrana, e causou perdas econômicas da ordem de R$ 4,8 bilhões.
Com o programa, pode-se demonstrar quais locais oferecem mais risco em cidades serranas como Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo, Areal, Cachoeiras de Macacu e São José do Vale do Rio Preto. O estudo mostrou os seguintes indicadores:
Petrópolis - 72 mil pessoas
Teresópolis - 45 mil pessoas
Nova Friburgo - 33 mil pessoas
Cachoeiras de Macacu - 6.262
Areal - 5.036 pessoas
São José do Vale do Rio Preto - 3.881
A amostra aponta que 9,2% da população em áreas de risco eram crianças menores de cinco anos e 8,5% idosos com 60 anos ou mais. Na região Norte, 13% da população em áreas de risco era integrada por crianças menores de 5 anos e 6% de idosos. No Nordeste, a população vulnerável era constituída por 9,1% de crianças e 8,4% de idosos. Já no Centro-Oeste, eram 9,7% crianças e 8,4% por idosos, e no Sul, a população em área de risco tinha 8,7% de crianças e 9,7% idosos.
O trabalho do IBGE, de acordo com o coordenador de Geografia do IBGE, Claudio Stenner, foi criar uma metodologia de trabalho que cruzou os dados da base territorial feita pelo instituto com os do Censo de 2010.