Espécie de água-viva gigante e rara é encontrada em praias de Búzios e Cabo Frio; veja vídeo
Bióloga explica que o último registro feito por banhistas na região ocorreu há quase dez anos
Nos últimos dias, uma espécie de água-viva gigante e rara foi flagrada por banhistas na Praia de Geribá, em Armação dos Búzios, e no Canal do Itajuru, em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio.
Os animais foram encontrados com mais frequência neste verão. Apesar de incomum, seu aparecimento tem explicação.
Nessa terça-feira, 5, mais uma água-viva, muito parecida com as primeiras, foi avistada por banhistas em outro lugar de Búzios. Dessa vez, o animal foi encontrado na Praia da Armação e atraiu muitos olhares curiosos. O buziano Bebeto Karolla filmou bem de pertinho essa exótica espécie marinha.
Alguns portais de notícias chegaram a se referir ao animal como sendo o 'juba-de-leão' (Cyanea Capillata), entretanto, profissionais da Secretaria de Meio Ambiente de Cabo Frio descartaram essa hipótese. Segundo eles, essa espécie é encontrada apenas nos oceanos Ártico, Atlântico Norte e Pacífico.
Apesar de a equipe da prefeitura ainda não confirmar a espécie exata dessa água-viva, equipes da secretaria explicam o porquê desses registros recentes em maior quantidade.
A bióloga Luísa Rieth esclarece que o verão, de uma forma geral, é um dos fatores para o surgimento de animais incomuns:
Verão é época de reprodução das águas-vivas. Por isso, estamos encontrando por aqui com uma frequência maior. Temos registrado outras menores e mais comuns em todas as praias da cidade durante o mês de fevereiro.
Animal tem sido visto com mais frequência neste verão | Foto: Reprodução/Redes sociais
Sobre a espécie diferente, a bióloga explica que o último registro feito por banhistas na região ocorreram há quase dez anos, o que comprova o quão rara é a água-viva encontrada nesses dias. A profissional alerta sobre as queimaduras provocadas por esses animais:
As águas-vivas têm tentáculos que liberam uma substância urticante logo que entram em contato com qualquer superfície. É o sistema de defesa e também de predação delas, porque quando algum peixe fica emaranhado nos tentáculos, essa substância o deixa lento, paralisado ou morto.
A especialista da Secretaria de Meio Ambiente explica ainda:
Quando alguém esbarra nos tentáculos da água-viva, acidentalmente, vai acabar sendo queimado por essa substância, que provoca uma ardência na pele. Para além do incômodo momentâneo, elas não oferecem risco à população. A ardência é apenas no local da queimadura mesmo e deve durar poucas horas.
Último registro de espécie semelhante ocorreu há quase dez anos | Foto: Reprodução/Redes Sociais
A bióloga ressalta que para aliviar os sintomas é indicado lavar o local da queimadura com água do mar, gelada. Segundo ela, não é recomendado utilizar água doce, pois pode intensificar a ardência. Aplicar vinagre na área afetada também pode trazer alívio da dor.
Para aqueles que possam se deparar com essa ou outra espécie, a recomendação é simples. “Não se deve tentar tocá-la nem tirá-la da água. O oceano é o habitat desses animais e devemos respeitá-los e manter distância para evitar queimaduras”, conclui a especialista.
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