Ex-deputado é preso em operação do MPRJ contra grilagem de terra em Armação dos Búzios

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) cumpriu sete mandados de prisão preventiva e 12 de busca e apreensão na manhã desta terça-feira, 10, contra integrantes de uma organização criminosa responsável pela prática de grilagem em Búzios, na Região dos Lagos do Rio.

Segundo o MPRJ, 12 pessoas foram denunciadas por crimes ambientais, parcelamento irregular de solo urbano e outros ilícitos, na Operação Nova Grilagem. Entre os presos está Natalino José Guimarães, ex-policial e ex-deputado estadual com base eleitoral na zona oeste do Rio.

Conforme informações divulgadas pelo órgão nesta manhã, os mandados expedidos pelo Juízo da Vara Especializada em Organização Criminosa da Capital foram cumpridos em diversos endereços nos municípios de Armação dos Búzios, Cabo Frio, Rio das Ostras e na capital do estado.

A operação foi deflagrada pela 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Búzios, com o apoio do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) e das polícias Civil e Militar.

De acordo com o Ministério Público, as investigações resultaram de notícias-crime sobre invasões de terras por grupos armados em diversos terrenos, na região da estrada da Fazendinha. Segundo a denúncia, o grupo atua desde 2020:

Os investigados utilizavam práticas violentas e fraudulentas para ocupar e comercializar terrenos na região. As apurações revelaram que a organização utilizava seguranças armados para intimidar moradores e proprietários, desmatava áreas protegidas e promovia queimadas.

Ainda segundo a denúncia, o grupo entrava com ações e, antes das decisões da Justiça, os líderes promoviam a invasão violenta das terras e a comercialização dos terrenos, usando os processos como justificativas.

O MPRJ informou que os investigados colocavam seguranças 24 horas nas áreas invadidas, desmatavam com retroescavadeiras e motosserras, reloteavam os espaços e passavam a vender os terrenos.

A denúncia destacou que o grupo se aliou a uma empresa sediada em Campo Grande para promover o loteamento dos locais tomados e a venda dos terrenos. Segundo a acusação, os membros também deram lotes a figuras conhecidas por envolvimento com a milícia em troca de prestação de serviços.

O Portal Multiplix tenta contato com a defesa do ex-deputado preso na operação para obter um posicionamento sobre as acusações.

Receba as notícias das regiões Serrana e dos Lagos no Rio direto no WhatsApp. Clique aqui e inscreva-se no nosso canal!