Polícia Civil conclui investigação sobre morte de empresário 'envenenado com brigadeirão' no Rio

As investigações sobre a morte do empresário Luiz Marcelo Ormond, encontrado morto em seu apartamento na capital do Rio, foram concluídas pela Polícia Civil. Ao todo, seis pessoas foram indiciadas, entre elas, Suyany Breschak, presa em Cabo Frio, na Região dos Lagos.

A apuração da 25ª Delegacia Policial do Engenho Novo concluiu que a vítima morreu após comer um brigadeirão oferecido pela namorada. Um exame de necropsia encontrou um "líquido achocolatado no estômago". A perícia também apontou a presença de morfina e de um tranquilizante.

De acordo com as investigações, "o crime foi cometido por questão financeira, pois a autora tinha uma dívida de R$ 600 mil com uma cigana, também envolvida na morte do empresário, por conta de trabalhos espirituais". Ela teria instruído a namorada de Luiz Marcelo Ormond a ministrar as substâncias no brigadeirão.

A cigana foi beneficiária dos bens furtados do empresário e recebeu o carro dele como parte do pagamento da dívida. O veículo da vítima foi encontrado em Cabo Frio após ter sido vendido e posteriormente recuperado. O homem que dirigia o carro foi preso por receptação. Com ele, os agentes localizaram o celular e o computador da vítima.

Júlia se entregou à polícia no mês de junho | Foto: Reprodução/Redes Sociais

Conhecida como 'cigana', Suyany foi considerada pela polícia como a mentora do assassinato e vai responder por "homicídio por motivo torpe com emprego de veneno e com uso de traição ou emboscada".

Ela também irá responder por venda de armas, estelionato, associação criminosa, fraude processual e falsidade ideológica.

Assim como Suyany, Julia Andrade Cathermol Pimenta, então namorada de Luiz Marcelo, responderá pelos mesmos crimes e, ainda, por uso de documentação falsa. Ela se entregou à polícia no mês passado, após "ver o cerco se fechar", conforme disseram os agentes.

Ainda segundo as informações da Polícia Civil, dois homens foram indiciados por receptação, venda de armas, associação criminosa e fraude processual. Outros dois foram indiciados por vender as armas do empresário. Os quatro respondem pelo crime em liberdade.

O Portal Multiplix tenta contato com a defesa dos envolvidos para falar sobre as acusações.

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Sobre o caso

De acordo com a Polícia Civil, com a ajuda de Suyany, Júlia se desfez dos bens do empresário Luiz Marcelo Antonio Ormond, encontrado morto no dia 20 de maio, em seu apartamento, no bairro do Engenho Novo, no Rio.

Luiz Marcelo era namorado de Júlia e não era visto desde o dia 17 de maio. Seu corpo foi encontrado já em estágio avançado de decomposição e com uma marca que indicava um possível golpe na cabeça, o que fez os agentes investigarem o caso como morte suspeita.

No decorrer do inquérito, os policiais apuraram que Júlia esteve no apartamento de Luiz Marcelo enquanto ele já estava morto. Com a ajuda de sua cúmplice, Suyany, ela teria se desfeito dos bens do namorado, inclusive do carro.

Suyany foi presa pela Polícia Civil no mês de maio | Foto: Divulgação/Polícia Civil RJ

O veículo foi levado para Cabo Frio após supostamente ter sido vendido por uma quantia de R$ 75 mil. Abordado pelos policiais, o homem que estava na posse do carro chegou a apresentar um documento escrito à mão, que ele disse ter sido assinado pela vítima, transferindo o bem.

À reportagem, a corporação confirmou que, após buscas em várias cidades do estado, inclusive em Cabo Frio, os policiais descobriram que Júlia estava no bairro de Santa Teresa, na região central do Rio.

A suspeita foi ouvida pelos agentes da 25ª DP e transferida para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte do Rio. Ela estava sendo procurada desde o dia 28 de maio e era tida como foragida.

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