Friburgo: Bloco Jurema supera meta e vai doar 21 cadeiras de rodas neste Carnaval
Cadeiras foram adquiridas após o bloco arrecadar mais de 1,5 milhão de lacres de latinhas
O Bloco Jurema, conhecido pela atuação solidária no Carnaval friburguense - arrecadando lacres de latinhas durante o ano e convertendo-os em cadeiras de rodas que são doadas a instituições filantrópicas do município - superou a meta neste ano. De acordo com o presidente do bloco, Márcio Assis, para o Carnaval de 2019 foram arrecadados 1,5 milhão de lacres que puderam ser revertidos em 21 cadeiras de rodas, seis a mais do que o esperado.
“Tivemos um número muito bom. Passamos de 14 cadeiras, em 2018, para 21 este ano. Esse aumento foi em decorrência do maior número de postos de coletas distribuídos também fora da cidade. Com isso, aumentamos também o comprimento do cordão em que o bloco sai. Ele estava com 121 metros quando concorremos e ganhamos como o maior do Brasil. Em breve vamos medir e divulgar o novo tamanho”, diz.
Quanto à distribuição de cadeiras, Márcio diz que ainda vão fazer a seleção das entidades a partir de uma lista de prioridades, mas uma já foi definida: a Apae.
Com o enredo sobre a Amazônia, a comissão de frente do Bloco Jurema foi organizada, como em todos os anos, com as cadeiras de rodas adquiridas pela colaboração dos “amigos da Jurema”, que participaram doando lacres por meio de campanhas em mais de 50 pontos espalhados em Nova Friburgo e em outras cidades do estado do Rio de Janeiro.
Sobre o bloco
O Bloco Jurema foi criado em 2015, após a experiência do fundador Márcio de Assis, que participou junto aos fuzileiros navais na missão de paz da ONU no Haiti. Ele conta que o nome é uma homenagem a uma espécie de cobra que encontrou na ilha chamada Jurema e a ideia de arrecadação de lacres de latinhas também começou lá, quando passou a recolher e guardar nos cadarços das botas os selos das latas, simbolizando cada missão feita no país.
Segundo o fundador do bloco, a ideia é fazer um carnaval solidário que, a partir da coleta de lacres da latinha de refrigerante de cerveja, que seriam jogados fora, seja possível reverter em recursos para a compra de cadeiras de rodas para entidades filantrópicas.