Bandeira amarela já está valendo: mês de julho tem acréscimo nas contas de luz em todo o país
Aumento é de R$ 1,885 a cada 100 kWh; anúncio foi feito na última sexta-feira, 28
Escassez de chuva no país é uma das causas do acionamento da bandeira amarela
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Foto: Reprodução/Aneel
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou na última sexta-feira, 28, o acionamento da bandeira tarifária amarela para este mês de julho no país. Com isso, as contas de luz terão um acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos.
De acordo com a Aneel, a medida foi tomada “em razão da previsão de chuvas abaixo da média até o final do ano (em cerca de 50%) e pela expectativa de crescimento da carga e do consumo de energia no mesmo período”.
A agência detalhou os fatores que levaram à mudança na bandeira:
Esse cenário de escassez de chuvas, somado ao inverno com temperaturas superiores à média histórica do período, faz com que as termelétricas, com energia mais cara que hidrelétricas, passem a operar mais. Portanto, os fatores que acionaram a bandeira amarela foram o GSF (risco hidrológico) e o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), visto que atualmente não há despacho fora da ordem do mérito (GFOM) decidido pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE).
A Aneel alertou também sobre o uso responsável da energia elétrica:
A orientação é utilizar a energia de forma consciente e evitar desperdícios que prejudicam o meio ambiente e afetam a sustentabilidade do setor elétrico como um todo. A economia de energia é essencial para a preservação dos recursos naturais.
Sobre as bandeiras
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela agência em 2015 com o objetivo de indicar aos consumidores os custos de energia no Brasil.
Em março deste ano, a Aneel aprovou os novos valores das bandeiras tarifárias com redução. A bandeira amarela, por exemplo, caiu cerca de 37%, passando de R$ 2,989/ kWh para R$ 1,885/ kWh.
Na época, a agência justificou que essa mudança ocorreu “devido ao cenário hidrológico favorável, à grande oferta de energia renovável no país e aos alívios verificados no preço dos combustíveis fósseis no mercado internacional”.
Desde abril de 2022, o país estava em bandeira verde, ou seja, 26 meses sem custo adicional nas contas. A expectativa era que esse cenário se mantivesse até o fim deste ano.
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